O Brasil deve colher uma safra recorde de milho em 2025, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (11).
Os números apontam uma produção total acima dos 138 milhões de toneladas, crescimento de quase 21% em relação ao ciclo anterior.
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Em análise, Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, comparou os dados divulgados pelas duas instituições. A Conab projeta 139,7 milhões de toneladas, enquanto o IBGE estima 138 milhões, ambos em níveis históricos para o cereal.
Confira a análise na íntegra abaixo:
Milho tem estoques maiores e exportações firmes
O levantamento indica que o estoque inicial de milho é considerado baixo, em torno de 1,8 milhão de toneladas. Com a nova safra e a previsão de importação de 1,7 milhão de toneladas, o suprimento total deve alcançar 143,2 milhões.
O consumo doméstico está projetado em 90,4 milhões de toneladas, e as exportações em 40 milhões, o que deve resultar em estoques finais de 12,8 milhões de toneladas — patamar superior ao de anos anteriores.
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Divergências na soja e café com produção pequena
Para a soja, a Conab surpreendeu ao estimar 171 milhões de toneladas, acima das 165,9 milhões projetadas pelo IBGE. A diferença de quase 5 milhões de toneladas reflete metodologias distintas e adiciona incerteza ao mercado.
Mesmo com a produção elevada, o Brasil deve encerrar o ciclo com estoques de cerca de 10 milhões de toneladas, também acima do volume inicial.
No café, a Conab projeta 20,1 milhões de sacas para o conilon e 35,1 milhões para o arábica. Já o IBGE estima 19,7 milhões e 36,9 milhões, respectivamente. Apesar da diferença, ambas as instituições apontam redução frente ao ano passado, em linha com o ciclo bienal da cultura.
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Commodities no pregão
Além das projeções agrícolas, os preços futuros do milho operaram próximos à média móvel de 50 períodos no pregão desta quinta, mostrando resistência para retomar altas mais consistentes.
No boi gordo, o mercado segue pressionado, enquanto a soja tenta sustentar níveis técnicos de suporte em Chicago.