As cartas colecionáveis de Pokémon — franquia lançada em 1996 — se consolidaram como um dos investimentos mais rentáveis das últimas duas décadas. Segundo levantamento da Card Ladder, publicado pelo Wall Street Journal, o retorno acumulado desde 2004 chega a 3.821%.
Os investidores perceberam que a música de abertura da série com o refrão “Pokémon, temos que pegar” também valia para os investimentos, visto que, nos últimos 20 anos, o índice S&P 500 avançou “apenas” 483%.
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Em termos práticos, um aporte de R$ 1.000 em 2004 teria se transformado em cerca de R$ 39 mil em 2025. Os cards se valorizaram duas vezes mais do que as ações da Meta — dona do Facebook, Instagram e WhatsApp —, que subiram 1.917%.
Hype e mercado secundário
A pandemia acelerou a entrada de investidores amadores nesse mercado, impulsionados pelo maior tempo em casa e pelo auxílio financeiro recebido em vários países.
Figuras públicas também contribuíram para o fenômeno: em 2022, o influenciador Logan Paul comprou um raro Pikachu Illustrator por US$ 5,3 milhões, estabelecendo recorde reconhecido pelo Guinness.
Grande parte da movimentação acontece no mercado de revenda, em plataformas como eBay, TCGplayer, redes sociais e feiras especializadas. Nos Estados Unidos, plataformas como o eBay também movimentam milhões com cards exclusivos de futebol, lançados pela Panini.
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Fatores como raridade, qualidade da arte e certificação de autenticadores determinam o valor de cada card. Uma avaliação próxima da nota máxima pode elevar o preço a níveis milionários, enquanto pequenas marcas reduzem drasticamente a cotação.
Casos de ganhos expressivos com cartas de Pokémon
Colecionadores relatam lucros relevantes. O gerente de publicidade Justin Wilson, de 32 anos, estima que sua coleção de 500 cartas e 100 itens lacrados valha US$ 100 mil. Já o gerente de contas Lucas Shaw, de 27 anos, conseguiu pagar parte de seu casamento com os rendimentos obtidos.
Outro exemplo é Charlie Pryds, de 28 anos, que redescobriu seus cards de infância durante a licença-paternidade e voltou a investir no setor. Ele afirma ver nos cards uma forma de diversificar o portfólio, junto de ações e criptomoedas.
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Riscos do mercado
Apesar do crescimento, analistas alertam para a volatilidade e a ausência de padrões claros de precificação. O WSJ lembra do risco de repetição do que ocorreu com os cards de beisebol nos anos 1980, quando a superprodução derrubou os preços.
Para muitos colecionadores, parte do valor ainda vem do apego emocional à franquia, o que especialistas financeiros consideram um risco adicional. Ainda assim, o mercado de Pokémon segue em expansão e atrai novos investidores em busca de diversificação.