O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão desta quarta-feira (24) em estabilidade, com leve alta de 0,05%, aos 146.500 pontos — o maior fechamento de sua história. O movimento reflete a cautela dos investidores, que aguardam sinais sobre o cenário político e econômico global.
A análise completa sobre o desempenho da Bolsa, o cenário macroeconômico e muito mais já está disponível no episódio desta quinta-feira (25) do podcast “Café do Mercado”, nas principais plataformas de podcasts, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
Segundo ele, o mercado operou de lado durante boa parte do dia, à espera de novidades sobre uma possível reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além do impacto de novos investimentos da China no setor de tecnologia.
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Pressão sobre o Federal Reserve
A política monetária norte-americana segue no radar dos investidores. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, tem reforçado a preocupação com os riscos inflacionários, mesmo com sinais de desaceleração no mercado de trabalho.
O alto volume de dinheiro circulando na economia ainda sustenta a pressão sobre os preços.
Autoridades políticas também têm se pronunciado sobre o tema. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, defende que o Fed reduza os juros em até 1,5 ponto percentual em 2025, o que aumentaria o estímulo à economia. Powell, cujo mandato termina em maio de 2026, tem resistido a pressões para antecipar cortes mais intensos.
Desafios fiscais no Brasil
No Brasil, o debate fiscal também influencia o humor do mercado. O governo discute elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês e compensar a medida com novas tributações sobre investimentos.
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Entre as propostas estão a cobrança de impostos sobre Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e do setor imobiliário (LCI), além de dividendos.
Essas medidas fazem parte do esforço do governo para atingir a meta fiscal e reduzir o déficit nas contas públicas. A discussão deve seguir no centro das atenções dos investidores nas próximas semanas.
Bolsa de olho na agenda econômica
Nos Estados Unidos, os pedidos semanais de auxílio-desemprego serão divulgados ainda hoje e devem influenciar as expectativas sobre a trajetória dos juros. No Brasil, os olhares estão voltados para a prévia da inflação (IPCA-15), divulgada nesta manhã.
Os futuros das bolsas americanas indicam abertura em queda, enquanto as commodities metálicas avançam e o petróleo recua 0,6%, sendo negociado acima de US$ 64 por barril.