O dólar fechou esta terça-feira (30) praticamente estável, em leve alta de 0,01%, a R$ 5,32. A sessão foi marcada por fatores técnicos típicos de fechamento de mês, como a disputa pela formação da taxa Ptax — referência usada pelo mercado em contratos de câmbio — e a rolagem de contratos futuros.
No exterior, o dólar recuou frente a moedas de países emergentes e exportadores de commodities. A cautela foi reforçada pelo risco de paralisação do governo dos Estados Unidos, caso não haja acordo no Congresso sobre o teto da dívida.
Declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) aumentaram a expectativa de corte de juros em outubro. O vice-presidente Philip Jefferson apontou sinais de fraqueza no mercado de trabalho, enquanto Susan Collins, presidente do Fed de Boston, admitiu que pode ser necessário aliviar a política monetária.
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Além disso, o mercado observa dados do mercado de trabalho dos EUA. Dados do relatório JOLTS mostraram abertura de 7,227 milhões de vagas em agosto, acima da expectativa de 7,1 milhões. O número de julho também foi revisado para cima.
Nesta quarta-feira (1), será divulgado o relatório ADP de empregos no setor privado, e, na sexta-feira (3), o payroll — principal indicador do mercado de trabalho. Há receio, no entanto, de que um eventual shutdown adie a publicação do dado.
Em setembro, a moeda americana recuou 1,83%, após queda de 3,19% em agosto. Já em 2025, as perdas somam 13,87%.
Projeções do Citi para o dólar
Relatório do Citi prevê que a queda nos preços das commodities pode ampliar o déficit em conta-corrente do Brasil, limitando a valorização adicional do real.
O banco projeta dólar a R$ 5,44 no fim de 2025 e a R$ 5,53 em 2026. A apreciação recente da moeda brasileira é atribuída, em parte, à queda do Dollar Index (DXY), que recuou de 108 mil para 98 mil pontos, mantendo o real alinhado ao desempenho de outras moedas emergentes. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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