O dólar fechou esta segunda-feira (6) em queda de 0,49%, a R$ 5,31. No Brasil, o real abriu a semana em alta, impulsionado pela melhora no apetite de investidores por moedas emergentes, especialmente as latino-americanas, e pelo diálogo entre os presidentes Lula e Donald Trump, que conversaram por telefone.
Além disso, pela manhã, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmou o compromisso da autoridade monetária com a meta de inflação de 3%, durante evento da Fundação FHC, em São Paulo.
A expectativa de manutenção da taxa Selic em 15% até o fim do ano, somada à possibilidade de novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), tende a valorizar o real, segundo analistas.
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No ano, a moeda americana acumula desvalorização de 14,07% frente ao real.
Fluxo para emergentes e dólar global mais forte
Apesar da queda frente às divisas emergentes, o dólar se valorizou em relação a moedas fortes, como o euro e o iene. A crise política na França, com a renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, pressionou o euro.
Já o iene japonês foi o destaque negativo do dia, com desvalorização superior a 1,8%, após a ultraconservadora Sanae Takaichi assumir a liderança do Partido Liberal, aumentando a chance de se tornar primeira-ministra.
O Dollar Index (DXY) — indicador que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes — subiu mais de 0,30%, voltando a superar os 98 mil pontos, com máxima em 98,499. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Carry trade e juros favorecem o real
O iene é amplamente utilizado em operações de carry trade — quando investidores tomam empréstimos em países de juros baixos e aplicam em economias com juros elevados, buscando lucrar com o diferencial. A queda do iene, portanto, reforça o fluxo para moedas como o real.
Entre as moedas latino-americanas, o real teve os maiores ganhos do dia. Já entre os emergentes, o destaque foi o rand sul-africano, que subiu mais de 0,70% frente ao dólar. O avanço de mais de 1% nas cotações internacionais do petróleo também ajudou moedas de países exportadores de commodities.