O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou o pregão desta segunda-feira (6) em queda de 0,41%, aos 143.608 pontos, em um movimento de realização de lucros após sucessivos recordes na semana anterior.
Entre os destaque do Ibovespa, a Vale fechou em alta de 1,71%, apesar de estar sem referência devido ao feriado da Golden Week na China. No sentido contrário, a Petrobras fechou o dia em queda de 0,57% (ON) e 0,90% (PN), mesmo com a recuperação do petróleo.
O desempenho também foi negativo no setor financeiro, com destaque para Itaú (-1,15% – PN), Bradesco (-0,82%- ON e -0,58% – PN), Santander (Unit -0,83%) e Banco do Brasil (-0,79% – ON ).
O dólar também amargou perdas ante o real, finalizando o dia em queda de 0,49%, a R$ 5,31, após a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump renovar as expectativas de um acordo comercial e revisão das tarifas.
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No mercado internacional o shutdown dos Estados Unidos completa mais um dia sem um acordo à vista entre o governo Trump e os democratas no Congresso.
O Senado americano rejeitou, em nova votação na noite desta segunda-feira, a proposta orçamentária que encerraria a paralisação do governo. Donald Trump disse que negociará com os democratas sobre subsídios para assistência médica.
Enquanto isso, em mais um dia de agenda esvaziada, os investidores em Nova York acompanham as falas de dirigentes do Fed nesta manhã: Raphael Bostic, Michelle Bowman e Neel Kashkari, todos integrantes do Fomc.
No Brasil, a agenda desta terça-feira (7) começa com uma entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC.
No Congresso, repercute a Medida Provisória do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) às vésperas de perder a validade. A MP representa R$ 20 bilhões em arrecadação e já faz parte do Orçamento deste ano.
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Manchetes desta manhã
- Trump diz que conversa com Lula foi ‘muito boa’ e prevê encontro (Valor)
- Relator desiste de elevar imposto sobre sites de bets, mas quer cobrança retroativa por apostas (Folha)
- Haddad diz que pode ter nova conversa com secretário de Tesouro dos EUA após telefonema de Lula e Trump (O Globo)
- MP que dá R$ 20 bi ao governo em ano eleitoral corre o risco de expirar (Estadão)
- Banco Mundial estima crescimento do Brasil em 2,2% em 2026 (Valor)
Mercado global acompanha política na Ásia e na Europa
As Bolsas da Europa operam em leve alta, com a crise da França ainda no radar um dia após a renúncia do primeiro-ministro. Nesta terça-feira, Sébastien Lecornu inicia dias de negociações com membros de vários partidos.
Na Ásia, com apenas duas praças operando normalmente enquanto as demais seguem fechadas devido a feriados locais, Taiwan teve uma sessão positiva, com ganhos de 1,68%, puxados pelas ações da TSMC, beneficiada pelo acordo entre a Open AI e a AMD na véspera.
No Japão, o Nikkei encerrou o dia em leve alta de 0,18%, enquanto analistas esperavam resultados mais fracos nos títulos do governo japonês após a eleição de Sanae Takaichi, que defende a expansão de políticas fiscais.
Em Nova York, os índices futuros buscam a estabilidade após o S&P500 atingir um novo recorde nesta segunda-feira, impulsionado pelo forte desempenho de ações de tecnologia ligadas à inteligência artificial.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro estável
• FTSE 100 estável
• CAC 40 +0,3%
• Nikkei 225 estável
• Hang Seng -0,7%
• Bitcoin -0,7% a US$ 124440,5
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Commodities
- Petróleo: reverte alta da véspera e cai após a Opep+ aumentar 137 mil barris diários no domingo, afastando temores de um superávit ainda maior que o mercado prevê para os próximos meses. A paralisação de uma das maiores refinarias da Rússia após um ataque de drones também puxa os preços para baixo.
O Brent/dezembro recua 0,49%, cotado a US$ 65,15 e o WTI/novembro cai 0,53%, a US$ 61,36 - Minério de ferro: os mercados seguem fechados no porto de Dalian em razão da Golden Week na China.
Em Singapura, os contratos futuros estão em leve alta de 0,19% cotados a US$ 103,95/ton e o mercado à vista recua 0,05%, cotado a US$ 104,05/ton.
Cenário internacional de olho nos discursos do Fed
Nos EUA, diante da continuidade do shutdown, a agenda continua esvaziada, com a divulgação apenas da balança comercial de agosto, às 9h30, além das falas dos dirigentes do Fed: Raphael Bostic fala às 11h, Michelle Bowman às 11h05 e Neel Kashkari às 12h30.
No campo comercial, Trump anunciou nesta segunda-feira por meio de suas redes sociais que a tarifa de 25% sobre a importação de caminhões médios e pesados entrará em vigor em 1º de novembro.
O presidente norte-americano também afirmou ter tido uma conversa produtiva com o presidente Lula, na qual discutiram questões de comércio bilateral, incluindo a possibilidade de retirada da sobretaxa imposta pelos Estados Unidos ao Brasil.
Na Europa, o foco segue voltado para a França, após a renúncia do primeiro-ministro Sebastien Lecornu, que agravou a crise política no país. Agências de classificação de risco emitiram novos alertas sobre a nota de crédito soberano francesa.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou ontem que os riscos para o crescimento econômico da Zona do Euro estão mais equilibrados e que a inflação permanece próxima da meta estabelecida pela instituição.
Na China, o Banco Mundial elevou a projeção de crescimento em 2025 para 4,8%, mas alertou sobre uma perda de impulso no próximo ano, citando a baixa confiança de consumidores e empresas.
Mercado nacional de olho no Congresso
No Brasil, sem indicadores econômicos relevantes, destaque apenas para a divulgação do IGP-DI, que deve acelerar em setembro.
A agenda política segue no radar, com o mercado acompanhando a votação da Medida Provisória 1.303, prevista para as14h30, na comissão mista do Congresso.
A proposta, considerada uma alternativa ao IOF, redefine as regras de tributação sobre apostas, aplicações financeiras e ativos virtuais, mas precisa ser aprovada até amanhã, quando perde a validade.
Na agenda das autoridades, Lula terá reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que contará também com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira.
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Destaques no mercado corporativo
- Prio: a produção caiu para 71 mil barris por dia em setembro.
- Petrobras: assinou contratos de R$ 9,6 bilhões para construção de unidades do Projeto Refino Boaventura, integrando o Complexo de Energias Boaventura e a Reduc, em Itaboraí (RJ).
- GPA: elegeu nova composição para o conselho de administração.
- JBS: realizará leilão de BDRs remanescentes da incorporação de ações referente à dupla listagem concluída em junho.
- Telefônica: concluiu reorganização societária da Vivae Educação Digital, após aporte de R$ 17 milhões, em parceria com a Ânima Holding.
- Taesa: teve aumento de participação da BlackRock para 5,004%, incluindo derivativos ligados a ações preferenciais.
