O setor de petróleo e gás da América Latina está passando por uma transformação significativa nos últimos anos e tem a Petrobras (PETR4) como uma das líderes, apesar das interferências políticas que amplia os riscos para a estatal.
Em relatório publicado nesta segunda-feira (6), a agência de classificação de riscos Moody’s afirmou que as métricas de crédito da companhia seguem intactas, mesmo depois que o governo mudou a administração, introduziu uma nova política de preços e mudou seu programa de ativos.
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Entre as medidas anunciadas está a tão visada transição energética, com projeções de neutralizar a emissão de carbono até 2050, sem que o fornecimento de energia no Brasil seja comprometido, como foi proposto no novo plano estratégico da estatal.
Investimentos da Petrobras no curto prazo
Entre 2025 e 2029, a Petrobras planeja aplicar US$ 111 bilhões, com foco em exploração e produção, aumento da oferta de gás natural, ampliação da capacidade de refino e desenvolvimento de combustíveis de baixo carbono.
A estratégia inclui US$ 77 bilhões voltados à exploração e produção (E&P), com o objetivo de substituir reservas e elevar a produção diária em 14% até 2028 em relação aos níveis de 2025.
Outros US$ 20 bilhões serão destinados à diversificação da carteira em petroquímicos e fertilizantes, além de novos projetos de biorrefinaria. A estatal também deve investir cerca de US$ 11 bilhões em eficiência operacional, redução de emissões e integração de fontes renováveis.
Mudança no setor energético vai além da Petrobras
A transformação vivida no Brasil é parte de um movimento mais amplo em toda a América Latina, como observa a Moody’s. O setor passa por reconfiguração diante de novos marcos regulatórios, mudanças na demanda global e estratégias de transição energética.
Na Argentina, o setor de petróleo e gás avança impulsionado por investimentos públicos e desregulamentação. A produção na formação de xisto de Vaca Muerta atingiu níveis recordes em 2025, com alta de 19% na produção de petróleo e 6% no gás em relação ao ano anterior.

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Companhias como YPF (YPF), Pluspetrol, Tecpetrol e Vista Energy Argentina intensificaram projetos de infraestrutura e exportação de gás natural liquefeito (GNL).
A expansão depende do avanço na construção de gasodutos e da estabilidade de mercado, enquanto as empresas buscam financiamento por meio do mercado de dívida.
Incerteza política pressiona setor na Colômbia
Na Colômbia, o ambiente de investimento segue desafiador, pressionado pela incerteza política e pela proibição de novas licenças de exploração.
O setor registrou o menor volume de investimentos em quatro anos, o que ameaça a autossuficiência energética no longo prazo.
A estatal Ecopetrol (ECOPETROL) e outras operadoras têm direcionado esforços para diversificação geográfica e expansão no mercado de gás natural, mas ainda enfrentam barreiras regulatórias e ambientais.
Apoio do governo mantém Pemex no centro do setor no México
No México, a Petróleos Mexicanos (Pemex) permanece no centro do setor, sustentada por forte apoio governamental.

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O plano estratégico do governo até 2035 inclui aportes orçamentários, recompra de dívidas e criação de fundos para novos investimentos, com o objetivo de reverter a queda na produção, que atingiu o menor nível em quatro décadas.
Apesar do suporte estatal, a Pemex enfrenta restrições financeiras e desafios operacionais, com declínio em campos maduros e necessidade de atrair parceiros para desenvolver novas reservas e explorar recursos não convencionais.