O Ibovespa voltou a subir nesta quarta-feira (8), após dois dias de correção. O principal índice da Bolsa brasileira fechou em alta de 0,56%, aos 142.145 pontos. Durante o pregão, foram negociados R$ 19,9 bilhões.
A alta foi impulsionada por um movimento de repique técnico — uma recuperação após quedas recentes —, sem gatilhos relevantes vindos da economia, explicou Felipe Moura, gestor da Finacap Investimentos, em sua fala ao Broadcast.
No Brasil, investidores se mantiveram cautelosos em relação à MP 1.303/2025, que altera a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros e líderes governistas para tentar garantir a aprovação da proposta, que perde a validade hoje.
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O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que seu grupo votará contra a MP, defendendo o fim de aumentos de impostos. Deputados relataram ter recebido telefonemas de Lula e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em uma disputa política nos bastidores.
Se aprovada, a MP pode ampliar a arrecadação em cerca de R$ 17 bilhões em 2026, ano de eleições. O governo argumenta que a medida é necessária para cumprir a meta de superávit fiscal — ou seja, manter as contas públicas no azul. A oposição sustenta que o objetivo seria financiar programas sociais com fins eleitorais.
Com o avanço na sessão de hoje, o índice acumula queda de 1,43% na semana, e recua 2,80% no mês. Em 2025, o Ibovespa tem valorização de 18,18%.
Destaques do Ibovespa
A alta da Bolsa foi contida pelo recuo das ações da Petrobras, que caíram 1% (ON) e 0,58% (PN), mesmo com a alta de mais de 1% no petróleo Brent e WTI. O Brent é o tipo de petróleo usado como referência internacional de preços.
No setor bancário, Banco do Brasil (-0,42%) e Santander (-0,21%) fecharam em baixa, enquanto Bradesco subiu 1,47% (ON) e 1,61% (PN). O Itaú PN, ação mais líquida do setor, avançou 0,19%. A Vale também teve alta de 0,77%.
Entre as maiores altas do dia ficaram Ultrapar (+5,54%), B3 (+3,43%) e BTG Pactual (+3,04%). Já Hypera (-5,02%), Brava (-3,10%) e Suzano (-2,17%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
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Acompanhe o gráfico Ibovespa (em tempo real):
Mercado de ações e juros nos EUA
Nos Estados Unidos, S&P 500 (+0,58%) e Nasdaq (+1,12%) renovaram máximas históricas. O otimismo foi sustentado pela ata da reunião de setembro do Federal Reserve (Fed), que mostrou apoio majoritário à redução dos juros, embora com preocupações persistentes com a inflação.
A Capital Economics avaliou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) pode reduzir o ritmo de cortes nas próximas reuniões, caso o cenário inflacionário não mostre melhora mais consistente.