O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (13) em queda de 0,75%, a R$ 5,46, após declarações mais conciliadoras do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a relação comercial com a China.
O movimento ocorre após o tom agressivo adotado por Trump na sexta-feira (10), quando ele ameaçou impor tarifas de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro. A reação havia levado o dólar acima de R$ 5,50 — maior valor desde 5 de agosto — e ampliado a aversão ao risco nos mercados emergentes.
As declarações de Trump no domingo, dizendo que os EUA “querem ajudar a China, e não prejudicá-la”, reduziram o temor de uma escalada na guerra comercial. O real, que havia sido a moeda emergente com pior desempenho na sexta, recuperou parte das perdas e apresentou ganhos acima de pares latino-americanos.
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A liquidez, contudo, foi limitada pelo feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos, que manteve fechado o mercado de Treasuries — os títulos públicos americanos que servem de referência global para taxas de juros.
Atuação do Banco Central e risco fiscal no radar
Pela manhã, o Banco Central (BC) vendeu US$ 5 bilhões em leilão de linha para rolagem de vencimentos, operação que injeta dólares no mercado e ajuda a conter a volatilidade da taxa de câmbio.
Apesar da recuperação, analistas alertam que os fundamentos locais continuam frágeis. Na sexta, a derrubada da Medida Provisória (MP) alternativa à elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e a notícia de que o governo prepara um “pacote de bondades” de R$ 100 bilhões para 2026 elevaram o desconforto fiscal.
Dólar no exterior
No exterior, o Dollar Index (DXY), que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, registrou leve alta e voltou a superar os 99 pontos, após ter recuado na sexta-feira. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Com a paralisação parcial do governo dos EUA por impasse orçamentário, não houve divulgação de novos indicadores econômicos. Assim, as atenções se voltaram para falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed).
Anna Paulson, presidente do Fed da Filadélfia, afirmou que considera apropriado um novo corte de 50 pontos-base (0,5 ponto percentual) na taxa básica americana até o fim do ano. O Fed já havia reduzido os juros em 25 pontos-base no mês anterior.









