O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (16) que seu governo está elaborando medidas para conter o aumento dos preços da carne bovina no país, segundo informações da Reuters.
O republicano disse que há um “acordo em andamento”, mas não deu detalhes sobre o plano. “O preço da carne bovina está mais alto do que gostaríamos, e isso também vai cair em breve. Fizemos algo”, declarou Trump a repórteres na Casa Branca.
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Seca e queda no rebanho pressionaram os preços
Os preços da carne atingiram níveis recordes neste ano após uma redução significativa nos rebanhos de gado, resultado de uma seca prolongada no oeste dos Estados Unidos. A falta de chuvas secou as áreas de pastagem e elevou o custo da alimentação dos animais.
De acordo com dados do governo americano, o rebanho caiu para 86,7 milhões de cabeças, o menor número para o período desde 1951. Essa escassez de oferta tem sustentado os preços em patamares elevados.
O Meat Institute, entidade que representa o setor de processamento de carne, afirmou que ainda aguarda mais informações sobre os planos do governo para reduzir os preços.
Restrições de importação agravaram a escassez
A oferta de carne foi ainda mais afetada depois que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) suspendeu as importações de gado do México, em razão de uma praga detectada em rebanhos mexicanos. O gado mexicano era usado para engorda em confinamentos nos Estados Unidos antes do abate.
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Além disso, as tarifas impostas por Trump à carne bovina brasileira reduziram as importações do produto, que era misturado à carne americana na produção de hambúrgueres.
Pecuaristas americanos começaram recentemente a recompor os rebanhos, mas o processo é lento. A criação de gado adulto leva cerca de dois anos, o que deve manter os preços elevados no curto prazo, mesmo com as tentativas de intervenção do governo.









