Seguindo uma tendência global de busca por empresas mais adaptadas a critérios ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança), a busca por cartões produzidos em plástico reciclado — sejam eles bancários ou para outras funções, como transporte público — vem ganhando cada vez mais apelo. Uma pesquisa da IDEMIA, uma das líderes mundiais no setor, mostrou que um terço dos respondentes desejam cartões feitos com esse tipo de material.
A empresa pretende aumentar a participação de suas plantas na América Latina na produção de “plásticos” em PVC reciclado, chamados de GREENPAY. O grupo de origem francesa possui duas unidades manufatureiras na região, uma em Cotia (SP) e a segunda, em Cali, na Colômbia. A essas, somam-se outros nove “service centers”, responsáveis, entre outras coisas, pela impressão dos dados bancários e dos clientes nos plásticos.
O custo de produção de cada cartão em plástico reciclado é, ainda, alguns centavos mais alto que o dos equivalentes em PVC branco, mas essa diferença vem caindo, sobretudo por conta de um aumento da demanda com consequente ganho de escala. “Desde o lançamento do produto no mercado brasileiro, em 2020, os custos já caíram cerca de 30%”, explica Alessandra Wohnrati, Diretora de Negócios de Instituições Financeiras da empresa no Brasil. A matéria-prima dos cartões reciclados é obtida a partir de sobras da indústria em segmentos como a produção de veículos e eletrodomésticos de linha branca.
“É importante termos um ‘pulso’ do consumidor final, sabermos qual o desejo dos nossos clientes”, afirma Alessandra.
Entre os clientes do grupo na América Latina estão Lojas Renner, Banco Cetelem (empresa de soluções de crédito ligada ao grupo BNP Paribas), BBVA e HSBC.