O Livro Bege, documento do Federal Reserve (Fed) que traz atualizações sobre a atividade econômica dos Estados Unidos, revelou a situação da maior economia do mundo “mudou pouco” desde o relatório anterior, publicado em agosto.
Os dados revelados nesta quarta-feira (15) mostraram o panorama entre os 12 distritos do banco central dos EUA. Entre eles: três relataram crescimento leve a modesto, cinco não registraram mudanças significativas e quatro notaram ligeira desaceleração.
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O documento ressalta que a incerteza elevada segue pressionando a atividade econômica, embora alguns distritos tenham observado melhora no sentimento de mercado e expectativa de aumento na demanda nos próximos seis a doze meses.
Tarifas e demanda fraca pesam sobre a indústria e o consumo
O Fed destacou que a atividade manufatureira segue enfrentando condições desafiadoras, com impacto de tarifas mais altas e demanda em declínio. Já os setores de agricultura, energia e transporte também reportaram desempenho fraco.
Nos gastos do consumidor, houve queda nas compras de bens de varejo, enquanto as vendas de automóveis continuam apoiadas pela demanda de veículos elétricos.
O relatório apontou ainda queda na procura por serviços de lazer e hospitalidade por turistas internacionais, enquanto a demanda doméstica permaneceu estável.
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Mercado de trabalho e inflação continuam sob observação do Fed
O mercado de trabalho manteve-se amplamente estável, com demanda moderada por mão de obra em todos os distritos e crescimento salarial modesto a moderado.
O Livro Bege também mostrou que os preços continuaram a subir no período, refletindo custos mais altos induzidos por tarifas, embora o repasse aos preços finais tenha variado entre os setores.
Alguns distritos também relataram aumento nos investimentos em inteligência artificial e melhora nos empréstimos comerciais após o recuo nas taxas de juros.
Mercados reagem com pouca volatilidade
Após a divulgação do relatório, os mercados em Wall Street tiveram reação limitada. As taxas dos Treasuries seguiram em alta, enquanto o dólar manteve queda ante moedas rivais.
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Os índices Dow Jones e S&P 500 registravam ganhos modestos, e o Nasdaq subia cerca de 0,44%.
O petróleo, por outro lado, passou a cair, em meio às tensões comerciais entre EUA e China, às sanções contra a Rússia e às divergências dentro da Opep+ sobre a produção global.
No Brasil, o Ibovespa ampliava a alta e se aproximava dos 143 mil pontos, impulsionado por Vale ON, que voltou a testar o patamar de R$ 60, o maior desde janeiro de 2024.









