Com as agendas esvaziadas no Brasil e no exterior, em meio à tensão no mercado de crédito nos Estados Unidos, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, não teve impulso suficiente para um bom desempenho nesta quinta-feira (16), encerrando o pregão em leve baixa de 0,28%, aos 142.200 pontos.
Em destaque no Ibovespa, as blue chips contribuíram para o baixo desempenho do índice, com a Petrobras em queda de 0,79% (ON) e 1,11% (PN); enquanto a Vale registrou perda de 0,92%, seguindo a baixa do minério de ferro no exterior.
No setor financeiro, o desempenho foi misto, com Bradesco em alta de 0,74% (ON) e 1,15% (PN) e destaque negativo para Itaú, que fechou em queda de 0,24% (PN) e BTG Pactual, de 3,50%.
Ainda pressionado pelas apostas de corte de juros nos Estados Unidos, o dólar fechou em queda de 0,35% ante o real, negociado a R$ 5,44.
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No mercado internacional, denúncias dos bancos Zions e Western Alliance sobre supostas fraudes e alta inadimplência em empréstimos acenderam um alerta no mercado de crédito dos Estados Unidos, impactando também o setor em diversos outros países.
A notícia estremeceu o setor financeiro em Wall Street e derrubou as bolsas globais, com índices da Ásia e da Europa caindo em bloco nesta sexta-feira (17).
Investidores também acompanham hoje a reunião entre Donald Trump e o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky no Salão Oval da Casa Branca, para tratar sobre a última conversa do presidente dos EUA com Vladimir Putin e os próximos passos de uma negociação para o fim da guerra na Ucrânia.
No Brasil, destaque para o encontro entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, em Washington nesta quinta-feira, para tratar sobre as tarifas.
Além disso, a indefinição sobre o Orçamento de 2026 amplia os receios com o risco fiscal, em meio à busca incessante do governo por medidas que cubram o rombo causado pela derrota na MP do IOF.
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Manchetes desta manhã
- Número de empresas com ações em bolsa recua ao menor nível em quatro anos (Valor)
- Com foco em comércio, Brasil e EUA começam a negociar tarifaço (O Globo)
- Lei muda e isenta 5 bancos em investigação da PF sobre lavagem de dinheiro (Estadão)
- Congresso quer aprovar medida que abre porteira para gasto ilimitado fora do arcabouço (Folha)
- Fundo de servidores do Rio ignora TCE e investe mais R$ 1 bi em fundos ligados ao Master (Valor)
Mercado global cai em bloco com preocupação sobre crédito nos EUA
As Bolsas da Europa têm queda significativa, seguindo as bolsas da Ásia e diante da preocupação ligada à saúde dos bancos regionais dos EUA, que acabou impactando os bancos de todos os países.
Na Ásia, os índices encerraram o último pregão da semana em queda generalizada com a tensão comercial entre EUA e China e o impacto negativo das bolsas de Wall Street devido às preocupações com o crédito.
Na China, Xangai perdeu 1,95% e Shenzhen, 3.04%. Em Hong Kong, a queda do índice Hang Seng foi de 2,48% enquanto em Tóquio o Nikkei perdeu 1,48 com preocupações com o cenário político local.
Em Nova York, os índices futuros operam em queda pressionados pelas preocupações com a qualidade do crédito dos bancos regionais dos EUA, sobretudo após Zions e Western Alliance registrarem alta na inadimplência de empréstimos.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -1%
• FTSE 100 -1,3%
• CAC 40 -0,7%
• Nikkei 225 -1,4%
• Hang Seng -2,5%
• Shanghai SE Comp. -2%
• MSCI World -0,3%
• MSCI EM -1,3%
• Bitcoin -3,6% a US$ 104045,31
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Commodities
- Petróleo: preços caem com notícias de que o presidente dos EUA e o presidente da Rússia deverão se encontrar para debater a guerra na Ucrânia.
O Brent/dez cai 1,13%, cotado a US$ 60,37/barril e o WTI/nov cede 1,04%, a US$ 56,86 - Minério de ferro: fechou em queda de 0,19% em Dalian, na China, cotado a US$ 108,18/ton.
Em Singapura, os contratos futuros caem 1,33%, cotados a US$ 103,85/ton e o mercado à vista recua 0,62%, cotado a US$ 104,90/ton.
Cenário internacional em alerta sobre o crédito dos EUA
Nos EUA, o estado é de alerta em relação às denúncias no mercado de crédito americano. As ações do Zions despencaram 13% após o banco reportar perdas inesperadas em dois empréstimos na divisão da Califórnia, ampliando temores sobre o estresse de crédito.
Já as perdas do Western Alliance foram de 10,8% após abrir um processo por fraude contra um de seus clientes.
Enquanto isso, no front de política monetária americana, nesta quinta-feira, o membro do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, afirmou que a autoridade monetária deveria promover um corte de 0,25 ponto percentual na reunião de outubro, mas ressaltou que os próximos passos dependerão da evolução dos dados de atividade, mercado de trabalho e inflação.
Já no cenário comercial, o presidente Donald Trump, ameaçou impor tarifas de 100% a Pequim a partir de 1º de novembro, além de outras novas medidas, após as restrições chinesas às exportações de minerais de terras raras.
Repercute ainda a confirmação da viagem de Trump à Coreia do Sul, onde pode se encontrar com Xi Jinping no final do mês.
Na agenda da próxima semana, destaque para a balança comercial da China no domingo (19) e PMI Industrial da Zona do Euro na sexta-feira (24).
Cenário nacional de olho em Brasília
No Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que teve uma conversa “muito produtiva” com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, durante encontro na Casa Branca.
A reunião abordou a tarifa de 50% contra o Brasil. Vieira também disse que Lula e Trump podem se encontrar logo, talvez na Malásia, este mês.
Em dia de agenda esvaziada de indicadores econômicos, destaque para o vencimento de opções sobre ações na B3, que adiciona volatilidade ao pregão. Já na próxima semana, destaque para o IPCA-15 de outubro na sexta-feira (24).
No cenário político, o Supremo Tribunal Federal (STF) julga a desoneração da folha de pagamento a partir de hoje. Segundo publicação da Folha, o Congresso quer aprovar medida que abre porteira para gasto ilimitado fora do arcabouço.
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Destaques no mercado corporativo
- Cemig concluiu a venda de quatro pequenas usinas hidrelétricas para a Âmbar Energia por R$ 52,4 milhões, dentro de seu plano de desinvestimentos.
- CPFL Energia pagará R$ 200 milhões em dividendos no dia 27 de outubro e anunciou a substituição de Daobiao Chen por Sun Peng na presidência do Conselho de Administração.
- Telefônica Brasil (Vivo) firmou contrato de R$ 702,5 milhões com a Terra Networks e a Telefônica Cloud para serviços de computação em nuvem até 2030, reforçando sua estratégia digital.
- Abrafarma: o Cade abriu um novo processo para analisar as alegações sobre a compra da Cuidamos Farma pelo Mercado Livre. A Embraer anunciou a inauguração de um escritório na Índia e acordo de operação estratégica com a Mahindra Group.
- Fusão Petz-Cobasi: Cade realiza hoje uma audiência pública para discutir a fusão entre as empresas. A operação, já aprovada pela Superintendência, deve formar uma companhia com aproximadamente 11% de participação no mercado pet brasileiro.









