A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) desacelerou em outubro, avançando 0,08% após uma alta de 0,21% em setembro, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado ficou abaixo da mediana das projeções, que apontava crescimento de 0,20%, com projeções variando entre queda de 0,08% e alta de 0,39%.
Com o resultado, o IGP-10 acumula queda de 0,98% em 2025 e alta de 1,60% nos últimos 12 meses.
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Recuo das commodities freia atacado
A principal contribuição para a desaceleração da inflação veio do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), que mede os preços no atacado. O indicador caiu 0,04% em outubro, após avanço de 0,27% em setembro.
A queda foi influenciada pela redução nos preços de commodities agropecuárias, como soja em grão (-1,22%), bovinos (-1,40%), adubos e fertilizantes (-2,33%), arroz em casca (-7,63%) e farelo de soja (-1,81%).
Em contrapartida, houve alta em milho em grão (2,60%), café em grão (3,05%), carne de aves (3,21%), carne bovina (1,63%) e laranja (5,91%).
Segundo Matheus Dias, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), “os preços ao produtor, principalmente os agropecuários, registraram quedas expressivas, o que contribuiu para o leve recuo do IPA”.
Energia e passagens pressionam inflação ao consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) — que mede a variação de preços para as famílias — subiu 0,48% em outubro, revertendo a queda de 0,13% em setembro.
A alta foi puxada principalmente pelos aumentos em energia elétrica residencial (5,67%) e passagens aéreas (10,93%). Também contribuíram condomínio residencial (1,96%), cinema (12,86%) e seguro facultativo de veículo (2,82%).
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Entre as principais quedas, destacaram-se desodorante (-6,87%), tomate (-6,83%), batata-inglesa (-8,44%), perfume (-1,48%) e cebola (-11,85%).
Das oito classes de despesa analisadas, sete apresentaram aceleração em outubro, com destaque para Habitação (de 0,07% para 1,41%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,70% para 1,27%).
Construção tem leve desaceleração
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,21% em outubro, após alta de 0,42% em setembro. O indicador foi influenciado pela desaceleração no custo da mão de obra, que passou de 0,71% para 0,16%. Já os custos com Materiais e Equipamentos subiram 0,27%, e os de Serviços, 0,15%.









