Nesta segunda-feira (04), a Rússia manteve o fornecimento de gás natural para a Europa mesmo com o pedido de sanções econômicas mais rígidas ao país – como resposta a possíveis crimes de guerra – e a incerteza sobre o pagamento do bem em rublos.
A descoberta de valas comuns e civis mortos à queima-roupa em Bucha, nos arredores de Kiev, estimulou pedidos de mais sanções contra a Rússia. A Rússia negou as alegações de crimes de guerra.
Além disso, os compradores do gás russo permanecem no escuro sobre as entregas futuras. O país exigiu que os pagamentos para a estatal, Gazprom, sejam feitos em rublos.
A pedidos dos consumidores europeus, a Gazprom, afirmou que continuará fornecendo gás natural para a Europa via Ucrânia. Entretanto, no gasoduto de Yamal-Europe, localizado entre a Polônia e a Alemanha, o fluxo de gás chegou a zero durante o fim de semana, segundo informação da operadora Gascade. Ainda assim, o gás russo continuou sendo entregue para a Europa via outros gasodutos, como o Nord Stream 1.
Enquanto isso, a Alemanha, que recebe cerca de 40% de seu gás da Rússia, ativou um plano de emergência que pode levar ao racionamento de gás – caso a oferta caia muito. O ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, disse que a proibição de todas as importações de energia russa infligiria mais danos econômicos aos membros da UE do que ao país.
A Alemanha enfrentará uma recessão acentuada se houver uma interrupção nas importações ou na entrega de gás e petróleo russos, alertou um importante lobby de bancos alemães, segundo informações apuradas pela Reuters.
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