O dólar fechou em queda de 0,69% nesta sexta-feira (17), a R$ 5,40, acompanhando o movimento global de maior apetite ao risco. O alívio veio após declarações de autoridades dos EUA indicando uma possível redução das tensões comerciais com a China e menor preocupação com o mercado de crédito privado americano.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as negociações com a China “vão muito bem” e que pretende se encontrar com o presidente Xi Jinping nas próximas semanas, na Coreia do Sul.
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Trump declarou ainda que poderia antecipar tarifas de 100% sobre produtos chineses, mas sinalizou não ter essa intenção no momento.
Mais cedo, o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, também indicou disposição dos EUA em reduzir as tensões, dizendo que o país “não está em guerra comercial” com a China.
Na semana, o dólar acumulou queda de 1,78%, revertendo parte da alta de 3,13% observada na semana anterior, quando chegou a R$ 5,50 — o maior valor desde agosto. Em outubro, a moeda ainda registra valorização de 1,55% frente ao real.
Mesmo assim, a divisa brasileira teve o melhor desempenho do dia entre as principais moedas emergentes, beneficiada pela melhora no humor dos investidores.
Brasil pode ganhar relevância nas negociações
Kimberley Sperrfechter, economista da Capital Economics, destacou que o Brasil detém cerca de 20% das reservas globais de terras raras — minerais estratégicos usados em tecnologia e energia limpa. Esse fator pode colocar o país em posição favorável nas discussões entre EUA e China.
Ela aponta que um possível acordo para ampliar o acesso dos EUA a essas reservas poderia melhorar as relações comerciais bilaterais e reduzir tarifas sobre produtos brasileiros. No entanto, o presidente Lula já afirmou que o Brasil não pretende firmar acordos exploratórios nesse setor.
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Dólar no exterior
O Dollar Index (DXY) — indicador que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes — avançava 0,18%, a 98,514 pontos, no fim da tarde. Confira o gráfico DXY (em tempo real):









