Depois da inadimplência no Brasil atingir o maior patamar da história em setembro, chegando a 30,5%, mais de 160 instituições financeiras anunciaram um mutirão nacional de renegociação de dívidas, que ocorrerá ao longo de novembro.
A iniciativa é coordenada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com o Banco Central, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e os Procons estaduais e municipais.
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Segundo a Febraban, a campanha oferecerá condições especiais para consumidores com parcelas em atraso. Entre as possibilidades estão descontos no valor total das dívidas, redução nas taxas de juros e novos prazos de parcelamento para facilitar o refinanciamento.
As renegociações abrangem dívidas de cartão de crédito, cheque especial, empréstimo consignado e outras modalidades de crédito sem garantia real — ou seja, sem bens dados como caução ou hipoteca. Dívidas já prescritas não poderão ser incluídas.
Como participar do mutirão
Os consumidores poderão solicitar a renegociação diretamente com os bancos participantes ou pelo portal consumidor.gov.br, plataforma pública de mediação entre clientes e empresas. Também será possível buscar atendimento presencial nos Procons que aderirem à iniciativa.
Para pessoas superendividadas — aquelas que não conseguem pagar todas as dívidas sem comprometer o mínimo necessário para viver —, será exigido um plano de pagamento que garanta a sustentabilidade financeira, conforme orientação da Febraban.
Inadimplência no Brasil atinge recorde
A inadimplência no Brasil subiu para 30,5% em setembro, chegando ao maior patamar da história — desde o início da série histórica em 2010. Destes, 13% revelou não ter condições de pagar as dívidas atrasadas.
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Já o percentual de famílias brasileiras com dívidas foi de 79,2%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O comprometimento da renda também permaneceu alto: 18,8% dos consumidores destinavam mais da metade dos rendimentos ao pagamento de dívidas. De acordo com a CNC, os números indicam um cenário de crescente fragilidade financeira.









