As exportações brasileiras de carnes e soja aceleraram nas primeiras duas semanas de outubro, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira (20).
O desempenho das proteínas — bovina, suína e de frango — tem sustentado o ritmo dos embarques do agronegócio, impulsionado também pela boa demanda externa por grãos.
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De acordo com análise de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, os números indicam que o mês deve superar com folga o volume exportado em outubro do ano passado, especialmente no caso da soja e das carnes. Confira a análise na íntegra:
Soja sobe 31% e deve superar volume de 2024
A soja apresentou aumento de 31,1% no ritmo diário de exportações, saltando de 214 mil para 280 mil toneladas por dia. Em 13 dias úteis, o Brasil embarcou 3,6 milhões de toneladas, e a tendência é encerrar o mês acima das 4,7 milhões registradas em outubro de 2024.
O milho teve leve retração de 5,6%, com média diária de 274 mil toneladas, mas deve igualar o desempenho do ano passado. Segundo Gioielli, a forte demanda das usinas de etanol de milho e o interesse externo ajudam a manter os preços sustentados no mercado interno.
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Carnes puxam avanço das exportações
O destaque do mês é o setor de proteínas animais, que registrou aumento de 26% nas exportações diárias. As vendas externas passaram de 12,2 mil toneladas por dia em 2024 para 15,4 mil toneladas em 2025.
Em apenas 13 dias úteis, já foram embarcadas 201 mil toneladas, contra 270 mil em todo o mês de outubro do ano anterior.
A carne de aves apresentou recuperação expressiva após o impacto da gripe aviária, com alta de 23% nas exportações. O volume diário passou de 19,7 mil para 24,2 mil toneladas, totalizando 315 mil toneladas até agora — mais de 70% do total exportado em todo outubro de 2024.
A carne suína também avançou, com crescimento de 10,8% nas exportações diárias, chegando a 5,8 mil toneladas por dia. O volume total já soma 76 mil toneladas, frente a 116 mil embarcadas no mesmo mês do ano passado.
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Demais commodities recuaram
Nem todos os produtos acompanharam o bom desempenho das proteínas. As exportações de café recuaram 19,3%, passando de 12 mil para 10,2 mil toneladas por dia. Em 13 dias úteis, o Brasil embarcou 183 mil toneladas, contra 279 mil em outubro de 2024.
O setor de ovos, outro importante consumidor de milho, também apresentou retração. O volume diário caiu de 210 para 174 toneladas, e o total embarcado até agora está em 2,2 mil toneladas, menos da metade do volume do mesmo período do ano anterior.
Enquanto os embarques avançam, as importações de milho caíram 12,5%, com média diária de 10,8 mil toneladas — abaixo das 12,3 mil toneladas registradas em 2024. O total acumulado em outubro é de 140 mil toneladas, frente a 271 mil no mesmo mês do ano passado.
Mercado futuro segue firme
No mercado futuro, o milho (CCMX) manteve tendência de alta, sustentado pela demanda doméstica e pelas expectativas de exportação. Gioielli destacou que os contratos vêm testando resistências técnicas e que o cenário é de suporte firme para o curto prazo.
O boi gordo apresentou leve correção, com o contrato de outubro (BGIV) recuando para R$ 313 por arroba, após forte oscilação intradiária.









