O ouro atingiu, nesta segunda-feira (20), uma nova máxima, a US$ 4.377 por onça. Com a forte disparada na última semana, o ativo também registrou o maior avanço semanal desde a crise financeira de 2008.
No entanto, na sessão desta terça-feira (21), o metal fechou em queda de 5,74% na Comex, a US$ 4.109 por onça. Foi a primeira vez em 12 anos que o ouro caiu mais de 5% em um único dia, segundo a Dow Jones Market Data.
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Mesmo assim, a valorização em 2025 é de mais de 55%, refletindo uma combinação de fatores: expectativa de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, compras recordes do minério por bancos centrais e enfraquecimento do dólar, segundo Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos.
Para ele, o ouro — considerado um ativo de segurança — voltou a ser um excelente diversificador macro e cambial diante do cenário de maior incerteza global.
O aumento do chamado prêmio de risco geopolítico também tem impulsionado a alta. Conflitos na Ucrânia, no Oriente Médio e tensões no Indo-Pacífico, além de eleições polarizadas em grandes economias, reforçam a procura por ativos considerados seguros, como o ouro.
“Boa parte desse ruído já está precificada, mas qualquer escalada aguda, como novas sanções, reacende a busca por proteção”, diz Cunha.
Perspectivas: ouro pode romper US$ 5 mil?
Segundo o CEO da iHUB, um evento de estresse financeiro ou uma escalada geopolítica relevante podem fazer o ouro superar os US$ 5.000. Além disso, ele enxerga que cortes agressivos de juros pelo Federal Reserve (Fed) podem acelerar este processo.
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Ele ressalta, porém, que o ouro não deve ser encarado como um investimento de curto prazo. “O metal funciona como um seguro contra a imprevisibilidade global, um ativo que preserva valor quando o resto do mercado se torna incerto”, conclui.









