Perder um companheiro de estrada fiel, daqueles que carregou famílias em aventuras e impressionou com sofisticação, dói um pouco mais quando se trata de um ícone das quatro rodas. O Volkswagen Touareg, pioneiro dos SUVs premium da marca, encerra sua jornada com motores a combustão após mais de duas décadas de conquistas. Para entusiastas e proprietários que viram nele não só um veículo, mas um símbolo de robustez e elegância, essa despedida abre espaço para reflexões sobre o futuro elétrico da mobilidade de luxo.
Por que a Volkswagen decide aposentar o Touareg agora?

A Volkswagen opta por encerrar a produção do Touareg com motor a combustão devido à transição global para veículos mais sustentáveis. Além disso, as vendas caíram em mercados chave, influenciadas por preferências por opções elétricas e rivais mais acessíveis. No Brasil, por exemplo, o modelo saiu de linha em 2019, pressionado pela alta do dólar e pela concorrência de SUVs premium de marcas especializadas.
Portanto, essa decisão alinha a montadora às metas ambientais, sem descartar um retorno sob nova forma. Assim, o foco passa para inovações que combinem luxo com eficiência energética.
Qual é o legado histórico do Volkswagen Touareg?
Desde seu lançamento em 2002 como ano-modelo 2003, o Touareg marcou território como o primeiro SUV de luxo da Volkswagen. Ele surgiu de uma plataforma compartilhada com o Audi Q7 e o Porsche Cayenne, criando uma família de veículos que revolucionou o segmento premium. Ao longo de duas gerações, cerca de 1,2 milhão de unidades saíram das linhas de montagem, atendendo desde trilhas off-road até rodovias europeias.
No Brasil, o modelo ganhou fãs pela versatilidade, mas enfrentou desafios comerciais. Em resumo, seu legado reside na ousadia de uma generalista entrar no mundo do luxo, pavimentando o caminho para sucessos posteriores da marca.
O que acontece com os irmãos de plataforma do Touareg?
Enquanto o Touareg se despede, seus companheiros de projeto seguem firmes. O Porsche Cayenne continuará com motores a combustão até a década de 2030, mantendo o apelo esportivo. Já o Audi Q7 ganha uma nova geração, e o Bentley Bentayga permanece como o SUV mais rentável da montadora britânica. Até mesmo o Lamborghini Urus evolui, com uma segunda geração híbrida plug-in prevista para 2029.
Portanto, essa longevidade destaca como a plataforma MLB Evo ainda sustenta opções variadas. Assim, o fim do Touareg não significa o adeus à arquitetura, mas uma adaptação seletiva ao mercado.
Quais novidades marcam o adeus do Volkswagen Touareg?
Para celebrar o fim de linha, a Volkswagen lança a Touareg Final Edition como pacote opcional nas versões vendidas na Alemanha a partir de 2026. Essa edição especial inclui plaquetas exclusivas nas soleiras das portas e no painel lateral, gravadas com “Final Edition”. Além disso, ela homenageia os 1,2 milhão de unidades produzidas, oferecendo toques personalizados que elevam o caráter colecionável.
Por outro lado, nos Estados Unidos, o modelo já havia sido substituído pelo Atlas em 2017, um SUV maior e mais acessível que assumiu o protagonismo regional. Em seguida, mercados como Europa, China e Oriente Médio mantiveram as vendas, mas agora se preparam para o epílogo.
Aqui vai uma tabela com marcos chave do Touareg para facilitar a visão geral:
| Marco Histórico | Detalhes |
|---|---|
| Lançamento | 2002 (ano-modelo 2003) |
| Produção total | Cerca de 1,2 milhão de unidades |
| Fim no Brasil | Início de 2019 |
| Saída nos EUA | 2017 (substituído pelo Atlas) |
| Edição final | 2026, com pacote Final Edition |
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Existe um sucessor elétrico para o Touareg no horizonte?
O anúncio da Volkswagen refere-se explicitamente ao fim do “modelo com motor a combustão do Touareg”, deixando a porta aberta para um retorno elétrico. Embora não haja um ID. Touareg confirmado, a estratégia da marca inclui combinar o prefixo “ID.” com nomes clássicos, como no futuro ID. Polo. Essa abordagem sugere que o nome pode renascer em uma versão totalmente elétrica, alinhada à ofensiva de mobilidade sustentável.
No entanto, por enquanto, não há detalhes sobre híbridos existentes para o modelo atual. Em vez disso, rivais como o Urus híbrido sinalizam o rumo do segmento. Dessa forma, o futuro pode trazer um SUV de luxo zero emissões sob o manto do Touareg, revitalizando sua herança.
O impacto da aposentadoria do Touareg no mercado de SUVs de luxo
A saída do Volkswagen Touareg reforça a guinada do setor automotivo para a eletrificação, desafiando marcas generalistas a repensarem o luxo acessível. No Brasil, onde o modelo já era raro desde 2019, isso acelera a adoção de opções como o Atlas ou rivais elétricos emergentes. Globalmente, abre espaço para que Audi e Porsche dominem a plataforma compartilhada.
Além disso, colecionadores podem se interessar pela Final Edition, elevando o valor de revenda. Em última análise, essa despedida não apaga o pioneirismo do Touareg, mas inspira a próxima fase de inovação na Volkswagen, prometendo luxo com consciência ambiental.









