O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (24), impulsionado por dados de inflação abaixo do esperado no Brasil e nos Estados Unidos. O movimento reforçou as apostas de cortes de juros e deu fôlego às ações mais ligadas à economia doméstica.
O principal índice da B3 avançou 0,31%, aos 146.172,21 pontos, após atingir máxima de 147.239,76 pontos pela manhã — próximo do recorde de 147.578,39 pontos, alcançado em 30 de setembro.
Na semana, a Bolsa brasileira acumulou alta de 1,93%, praticamente zerando as perdas de outubro, e em 2025 já sobe 21,52%.
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Inflação abaixo das projeções nos EUA e no Brasil
Nos Estados Unidos, o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,2% em setembro ante agosto, abaixo da expectativa de 0,3%. O resultado, segundo analistas, abre espaço para o Federal reservar (Fed) — o banco central americano — avalie cortes de juros já na próxima reunião.
No Brasil, a prévia da inflação (IPCA-15) subiu 0,18% em outubro, também abaixo da mediana das projeções (0,24%). Segundo o PicPay, a desaceleração dos núcleos de inflação sugere viés de baixa para o IPCA de 2025, aumentando as chances de encerrar o ano dentro da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Esses resultados levaram o mercado a reprecificar as apostas para a taxa Selic, indicando a possibilidade de flexibilização monetária a partir de janeiro de 2026.
Cautela limita ganhos no fim do pregão
Apesar do otimismo, o índice perdeu força no período da tarde, diante da redução da liquidez e da cautela dos investidores. O volume financeiro foi de R$ 16 bilhões, abaixo da média diária de R$ 23 bilhões.
Os agentes de mercado preferiram adotar postura defensiva antes do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, previsto para domingo, e da reunião entre Joe Biden e Xi Jinping, na próxima quinta-feira.
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Destaques do Ibovespa
As ações da Petrobras recuaram 0,72% (ON) e 1,16% (PN), acompanhando a queda do petróleo no mercado internacional. A companhia ainda divulgaria, após o fechamento, seu relatório de produção e vendas do trimestre. A Vale caiu 0,05%.
Entre as maiores altas do dia ficaram CVC (+5,29%), Eneva (+4,25%) e Hypera (+3,18%). Já Brava (-2,76%), Cosan (-2,86%) e Auren (-1,72%) lideraram as perdas.
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