A expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos voltou a dar fôlego aos mercados globais nesta segunda-feira (27), com a reunião que confirmará uma redução de 25 bps marcada para a próxima quarta-feira (29).
Na última sexta-feira (17), o índice S&P 500 renovou sua máxima histórica, fechando a 6.792 pontos, alta de 1,92%, impulsionado pelos dados do índice de preços ao consumidor (CPI), que mostraram uma inflação abaixo do esperado.
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No novo episódio do podcast Perspectivas da Semana, Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, avaliou que o resultado reforça o cenário de flexibilização monetária no país.
“Os dados vieram todos abaixo do consenso, confirmando a possibilidade de corte de juros, o que muda toda a precificação das empresas e estimula o apetite por risco”, afirmou. Confira a análise na íntegra:
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Ibovespa acompanha alta internacional
O movimento externo foi refletido no Ibovespa, que encerrou a semana passada em 146.172 pontos, e abriu o dia hoje em forte alta beirando o recorde. O dólar, por outro lado, opera em queda nos últimos dias próximo dos R$ 5,36.
Ricciardi, no entanto, explicou que a perda de força do dólar também ocorre no cenário global, com o índice DXY — que mede a moeda frente aos seus principais pares —, recuando 0,30%, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida dos EUA) caíram 0,20%, reforçando o ambiente mais favorável para ativos de Bolsa.
Semana marcada por decisões de juros
A agenda desta semana será movimentada, com decisões de política monetária em três grandes economias: Estados Unidos (Fed), Japão (BoJ) e zona do euro (BCE).
Além disso, o mercado acompanhará a divulgação do PIB da zona do euro, o IGP-M no Brasil e os indicadores de inflação e produção industrial da China.
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“Os grandes motores do mercado serão as decisões de juros. Como tudo já está precificado, só um dado muito fora das expectativas deve provocar maior volatilidade”, disse Ricciardi.
Juros em queda e otimismo gradual
No cenário doméstico, Ricciardi observa uma melhora nas projeções de juros futuros, com a taxa esperada para o fim de 2026 recuando de 12,65% para 12,40%.
Nos Estados Unidos, a projeção segue entre 3,75% e 4%, com expectativa de novas reduções até atingir o piso de 3% a 3,25%, movimento que tende a favorecer os ativos de risco.









