O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,2% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados da Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia.
Os resultados preliminares divulgados nesta quinta-feira (30) vieram acima da projeção de 0,1% estimada por analistas consultados pela FactSet.
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Na comparação anual, o PIB do bloco avançou 1,3% entre julho e setembro, também superando o consenso de mercado, que previa alta de 1,1%. O dado confirma um desempenho melhor do que o esperado, em meio a um cenário de juros altos e desaceleração global.
Mercado de trabalho e confiança mostram estabilidade
A taxa de desemprego da zona do euro ficou em 6,3% em setembro, estável em relação a agosto e em linha com as expectativas. O número de pessoas sem emprego na região somou 11 milhões, um aumento de 65 mil no mês.
O índice de sentimento econômico, que mede a confiança de empresas e consumidores, subiu de 95,6 para 96,8 pontos em outubro, atingindo o maior nível do ano. O resultado também ficou acima das projeções de analistas, que esperavam 95,7 pontos.
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A melhora foi puxada pela indústria, que avançou de -10,1 para -8,2 pontos, e pelos serviços, que passaram de 3,7 para 4 pontos. Já a confiança do consumidor aumentou de -14,9 para -14,2 pontos, mostrando leve melhora no humor das famílias europeias.
Analistas mantêm cautela com a recuperação do PIB da zona do euro
Para o banco ING, o crescimento de 0,2% “foi ligeiramente melhor do que o esperado”, mas não representa ainda uma retomada sólida. Segundo relatório da instituição, o desempenho “mostra que a região escapou da recessão, mas ainda sem sinais de aceleração sustentada”.
O ING destaca que a Alemanha, maior economia da zona do euro, “segue com dificuldade em transformar estímulos em crescimento real do PIB”, o que limita o avanço do bloco.
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O banco projeta uma recuperação gradual em 2026, mas ressalta riscos internos, como pressões fiscais e falta de reformas estruturais, além de incertezas externas, como a desaceleração global e tensões comerciais.
Apesar das ressalvas, o relatório observa que os indicadores de confiança e de gerentes de compras (PMIs) vêm mostrando melhora consistente, sugerindo um ambiente econômico “moderadamente otimista”.









