O mercado internacional de commodities encerrou esta quinta-feira (30) com movimentos mistos, diante do anúncio de um novo acordo comercial entre EUA e China. A secretária de Comércio dos EUA, Brooke Hollings, informou que o governo chinês vai remover tarifas sobre produtos agrícolas, incluindo soja, milho, trigo, carnes, laticínios e frutas.
O anúncio ocorreu após uma reunião entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, que reafirmaram o compromisso de compras mínimas de 25 milhões de toneladas anuais de produtos agrícolas dos EUA pelos próximos três anos. A China deve adquirir 12 milhões de toneladas de soja ainda em 2025.
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Apesar da sinalização positiva para o comércio agrícola, Guto Gioielli, analista e fundador do Portal das Commodities, avalia que o acordo tem caráter mais simbólico do que prático.
Segundo ele, o mercado questiona a capacidade de a China cumprir as metas de importação sem rever contratos firmados com outros fornecedores, como a Argentina e o Brasil. Além disso, há dúvidas sobre a implementação imediata da retirada de tarifas.
Confira a análise completa:
Reação das commodities
Nos mercados futuros, o café arábica apresentou volatilidade acentuada, caindo fortemente no início do pregão, mas encerrando o dia em alta. O café robusta também subiu, com o contrato de janeiro avançando 0,87%.
O milho, por outro lado, recuou 1,04%, movimento atribuído à realização de lucros após uma sequência de altas. O mercado interpretou as notícias vindas da China com cautela, avaliando o acordo como ainda incerto.
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O petróleo manteve trajetória de queda, negociado próximo a US$ 64 o barril, em meio a um ambiente de baixa demanda e incertezas geopolíticas.
No mercado físico brasileiro, o boi gordo apresentou sinais de recuperação nas praças de São Paulo. Analistas apontam que a redução na oferta pode pressionar os preços para cima nas próximas semanas, tendência acompanhada de perto pelos investidores do setor pecuário.
 
			 
					









