Nesta segunda-feira (28), a China decretou o maior lockdown desde o início da pandemia do coronavírus. O confinamento atinge Xangai, centro financeiro do país e lar de 25 milhões de pessoas.
A cidade é o epicentro de um novo surto de covid-19. A montadora da Tesla suspendeu as atividades em sua fábrica local por quatro dias.
Será o maior lockdown na China desde 2019 quando a cidade de Wuhan, onde o vírus foi detectado pela primeira vez, foi isolada. Na época, a medida atingiu 11 milhões de pessoas por mais de dois meses.
No domingo (27), as autoridades haviam descartado um “lockdown total” e pretendiam seguir com a estratégia anterior de fazer uma “triagem” e testar distritos residenciais de alto risco para definir quais regiões seriam confinadas caso infecções fossem detectadas.
A capital chinesa sugeriu medidas direcionadas para minimizar os prejuízos, entretanto alguns governos locais seguem com a testagem em massa e medidas de distanciamento por medo de serem acusados por negligência – conforme informações publicadas pelo Valor Econômico.
Os serviços de transporte público já estão suspensos. Escritórios e fábricas também estão fechados. A Bolsa de Valores de Xangai segue aberta, operando com uma equipe reduzida que recebeu ordens para dormir no local.
Nas redes sociais chinesas, o desgosto com as medidas rígidas aumenta e várias postagens chinesas criticaram a decisão e as autoridades. Segundo a mesma apuração, o blogueiro de tecnologia Weiyueqinuy escreveu para seus 8,3 milhões de seguidores no Weibo:
“O surto de Xangai não é culpa das pessoas comuns, mas das políticas locais” e “as autoridades locais parecem sugerir que o ponto de virada está próximo, como se estivéssemos vencendo a batalha, mas a situação ficou mais séria.”
Imagem: Wikimedia Commons









