O dólar fechou esta segunda-feira (3) em queda de 0,43%, a R$ 5,36, nesta segunda-feira (3). A melhora do humor global veio após indicadores da China superarem as expectativas, impulsionando as commodities e, consequentemente, as moedas de países exportadores, como o Brasil.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Industrial da China, calculado pela S&P Global em parceria com a RatingDog, recuou de 51,2 em setembro para 50,6 em outubro. Apesar da queda, o resultado superou a estimativa de 49,8 e permaneceu acima de 50 pontos.
Além disso, o real também se beneficiou do fluxo de capital estrangeiro para a Bolsa de Valores, com o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, alcançando pela primeira vez a marca dos 150 mil pontos.
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Investidores ajustaram posições à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para quarta-feira (5). A expectativa predominante é de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano.
Mesmo com o diferencial de juros ainda elevado em relação ao exterior — fenômeno conhecido como carry trade, no qual investidores buscam ganhos com juros mais altos em países emergentes —, o movimento pode ajudar a conter pressões sobre o real diante do aumento sazonal das remessas de dólares ao exterior no fim do ano.
Em outubro, o dólar subiu 1,08%, enquanto cai 13,31% frente ao real em 2025, melhor desempenho entre as principais divisas latino-americanas.
Cautela sobre juros nos EUA
Nos Estados Unidos, o debate sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed) continua aberto. A ausência de novos dados de emprego — consequência do shutdown, paralisação parcial do governo americano — aumenta a incerteza sobre o ritmo de cortes de juros.
Após duas reduções seguidas de 0,25 ponto percentual, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que pode haver uma pausa no afrouxamento monetário em dezembro. Outros dirigentes divergiram, como Stephen Miran, que afirmou que a política atual é “muito restritiva” e ele defenderia um corte maior.
Austan Goolsbee, do Fed de Chicago, declarou que ainda não decidiu como votará em dezembro, enquanto Mary Daly, do Fed de São Francisco, e Lisa Cook, diretora do banco central, defenderam uma abordagem cautelosa, mantendo juros “modestamente restritivos”.
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Dólar sobe no exterior
O Dollar Index (DXY) — indicador que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — operou em leve alta, próximo dos 100 mil pontos, impulsionado pela valorização de mais de 0,40% do euro. Confira o gráfico DXY (em tempo real):









