A Minerva Foods (BEEF3) registrou lucro líquido de R$ 120 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 27,6% em relação a 2024. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o crescimento foi de 27,6%, informou a companhia nesta quarta-feira (5).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 1,388 bilhão, o maior da história da empresa. O avanço foi de 70,8% em relação ao terceiro trimestre de 2024 e de 6,6% sobre o trimestre anterior.
A margem Ebitda — indicador que mostra a eficiência operacional — ficou em 8,9%, ante 9,6% um ano antes e 9,4% no segundo trimestre de 2025.
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A receita líquida somou R$ 15,512 bilhões, um salto de 82,5% em relação a 2024 e de 11,5% frente ao trimestre anterior. Já a receita bruta consolidada alcançou R$ 16,288 bilhões, com as exportações representando 61% do total.
A geração de caixa livre — dinheiro que sobra após os investimentos — foi de R$ 2,5 bilhões, o maior valor trimestral da história da Minerva.
A dívida líquida encerrou o período em R$ 11,8 bilhões, uma queda de 16,7% em relação ao segundo trimestre. A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado dos últimos 12 meses) caiu para 2,5 vezes, o menor nível desde 2022.
Integração de plantas e aumento do abate
O trimestre também marcou a conclusão da integração das plantas adquiridas da Marfrig, antecipando o cronograma original. Os novos ativos registraram crescimento de 31,2% na receita em relação ao trimestre anterior, totalizando cerca de R$ 4 bilhões.
A companhia abateu 1,56 milhão de cabeças, alta de 42,4% em base anual, com 556,6 mil toneladas vendidas, um aumento de 44,8%.
Recompra de bonds e gestão de capital da Minerva
A Minerva anunciou a recompra e o cancelamento de mais uma parcela de seus títulos Bond 2031, no valor de US$ 75,7 milhões (cerca de R$ 425 milhões).
Em 2025, a empresa já retirou de circulação US$ 384,8 milhões em bonds com vencimento em 2028 e 2031, somando aproximadamente R$ 2,3 bilhões em recompras.
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Segundo a companhia, os papéis foram adquiridos com 10% de desconto, a 90% do valor de face. A operação faz parte da estratégia de reduzir o endividamento e aprimorar a estrutura de capital.
Em comunicado assinado pelo diretor de Finanças e Relações com Investidores, Edison Ticle de Andrade Melo e Souza Filho, a Minerva afirmou que as recompras reforçam o compromisso com “uma gestão financeira responsável” e com a redução da alavancagem e das despesas financeiras futuras.









