O Brasil registrou superávit de US$ 6,964 bilhões em outubro, resultado 70,2% superior na comparação anual, segundo dados da balança comercial divulgados nesta quinta-feira (6).
Os números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC) vieram acima das expectativas do mercado, que projetava saldo positivo de US$ 6,2 bilhões.
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O valor foi alcançado com exportações de US$ 31,975 bilhões e importações de US$ 25,011 bilhões. O desempenho foi impulsionado principalmente pelas vendas de commodities agrícolas e minerais para a China, que cresceram mais do que o previsto.
Exportações do Brasil sobem puxadas por commodities
Na comparação anual, as exportações aumentaram 9,1%, com destaque para a Agropecuária (+21%), a Indústria Extrativa (+22%) e a Indústria de Transformação (+0,7%).
As importações recuaram 0,8% em relação a outubro de 2024, refletindo a desaceleração da economia doméstica e a menor compra de petróleo e derivados — queda próxima de 30%.
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Segundo o economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano, o resultado foi melhor que o esperado por conta do desempenho das commodities.
“O bom desempenho foi derivado de commodities, especialmente para a China. Voltamos a ter um cenário de exportações indo bem e importações perdendo força com a desaceleração econômica em curso”, afirmou Serrano.
China compra mais, enquanto exportações para os EUA desabam
As exportações para a China cresceram 33,4% em outubro, somando US$ 9,2 bilhões. No acumulado do ano, o avanço é de 1,7%, para US$ 84,7 bilhões. Já as importações chinesas caíram 3,2% no mês.
Em sentido oposto, as exportações para os Estados Unidos caíram 37,9%, o menor volume desde 2020, afetadas pela sobretaxa de 50% imposta pelo governo Donald Trump. O Brasil teve déficit de US$ 1,76 bilhão com os EUA em outubro.
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Acumulado do ano mostra avanço modesto
De janeiro a outubro, o superávit comercial brasileiro soma US$ 52,395 bilhões, abaixo dos US$ 62,794 bilhões do mesmo período de 2024. As exportações acumulam alta de 1,9%, enquanto as importações subiram 7,1%.
O Banco BMG prevê que a balança comercial encerre 2025 com saldo entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões. “O cenário aponta para uma acomodação natural das importações, já que o País cresce menos e tende a demandar menos matéria-prima”, completa Serrano.









