O dólar fechou a sessão desta quinta-feira (6) em leve queda de 0,23%, a R$ 5,35. Dados mais fracos do mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar os juros em dezembro.
Segundo relatório da consultoria Challenger, Grey & Christmas, empresas dos EUA anunciaram mais de 153 mil demissões em outubro, alta de 175% em relação ao mesmo mês do ano anterior e o maior número desde 2003.
O enfraquecimento do mercado de trabalho aumenta a expectativa de que o Fed reduza sua taxa básica — os Fed Funds, que servem de referência para todo o sistema financeiro americano.
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Economistas apontam que, apesar de autoridades do Fed indicarem cautela, o mercado passou a precificar nova redução de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) na reunião de dezembro.
No Brasil, o movimento também foi influenciado pela reação do mercado ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom). O Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano e indicou que pretende mantê-la nesse patamar por um “período prolongado”, buscando garantir a convergência da inflação à meta.
Essa sinalização reduziu a pressão sobre o câmbio no curto prazo, ao reforçar a atratividade dos juros domésticos para investidores estrangeiros.
Com o recuo no pregão, a moeda americana acumula queda de 0,58% frente ao real nos primeiros dias de novembro e de 13,45% no ano, o melhor desempenho entre as moedas latino-americanas no período.
Dólar global também cede
O índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, como o euro e o iene — recuava cerca de 0,50%, para 99,7 pontos. A queda foi puxada especialmente pelas moedas europeias e asiáticas. No ano, o DXY acumula perda de 8%. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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