A Grendene (GRND3) registrou lucro líquido de R$ 138,5 milhões no terceiro trimestre de 2025, uma queda de 38% em relação a 2024, segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira (6).
A receita líquida da fabricante de calçados, dona da marca Melissa, cresceu 1,4% no comparativo anual, alcançando R$ 760,1 milhões.
O Ebitda — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — somou R$ 100,3 milhões entre julho e setembro, queda de 39,8% frente ao mesmo período de 2024. A margem Ebitda caiu nove pontos percentuais, para 13,2%.
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No critério recorrente (que exclui efeitos extraordinários), o Ebitda recuou 20,7%, chegando a R$ 142,5 milhões, enquanto a margem recorrente caiu 3,8 pontos percentuais, para 20,2%.
Segundo o diretor financeiro da companhia, Alceu Albuquerque, o cenário doméstico continua desafiador. Cerca de 80% dos produtos da Grendene são voltados à população de baixa renda, segmento que ainda sofre com o alto endividamento das famílias e com a inflação persistente dos alimentos.
O executivo também destacou o aumento da concorrência no mercado interno, tanto de fabricantes locais quanto de importações, que cresceram 30% no período.
Vendas no mercado interno
No mercado interno, a receita caiu 2,4%, para R$ 771,3 milhões, com redução de 15,3% no volume de pares vendidos, que totalizou pouco menos de 29 milhões de pares.
A marca Melissa apresentou desempenho positivo e aumentou o tíquete médio — o valor médio de venda por par — em 15,1% em relação ao ano anterior. O avanço, segundo Albuquerque, foi resultado de investimentos em desenvolvimento de produto.
Considerando o total de vendas, somando o mercado interno e o externo, o volume de pares vendidos pela Grendene caiu 10,2% na comparação anual.
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Exportações da Grendene em alta
O destaque do trimestre veio das exportações, que cresceram 86,1%, totalizando R$ 253 milhões em faturamento. O volume de pares vendidos no exterior subiu 17,1%, chegando a 7,3 milhões de pares.
Esse resultado foi impulsionado pelas operações da GGB Ventures, distribuidora da Grendene na China e nos Estados Unidos, apesar dos efeitos do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump.









