O governo do Canadá está se esforçando para que haja uma negociação rápida para que a greve dos funcionários da segunda maior ferrovia do país, a Canadian Pacific Railway (CP.TO) termine. O pedido vem do receio de que a greve atinja o abastecimento do país.
A greve, que começou domingo (20), acontece em meio à crise de commodities provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. No Canadá, o setor agrícola já enfrenta escassez e preços mais altos devido às sanções econômicas à Rússia e à Bielorrússia, dois grandes produtores de fertilizantes.
O Canadá depende da ferrovia para transportar 75% de todos os fertilizantes do país, além de commodities e produtos manufaturados. Diferentes grupos da indústria canadense se juntaram para pedir ao governo que encerre rapidamente a disputa. Existe também a preocupação de que a ferrovia não possa fazer remessas de fertilizantes do Canadá para os Estados Unidos já que a rede ferroviária da CP vai até Kansas City, Missouri, nos Estados Unidos.
Uma greve de oito dias na Canadian National Railway Co (CNR.TO) em 2019 custou à indústria de fertilizantes entre C$ 200 milhões e C$ 300 milhões (US$ 159 milhões a US$ 238 milhões), segundo a agência Reuters.
“O mundo precisa dos grãos do Canadá agora mais do que nunca”, disse Wade Sobkowich, diretor executivo da Western Grain Elevator Association, em entrevista à agência Reuters. Segundo ele, as ferrovias têm lutado para atender metade das demandas semanais da indústria de grãos e alertou que a greve do PC pode levar a situação de “terrível a catastrófica”.
Imagem: Piqsels









