A SLC Agrícola (SLCE3) registrou prejuízo líquido de R$ 14,5 milhões no terceiro trimestre de 2025, uma redução de 16% em relação à perda de R$ 17,3 milhões registrada no mesmo período do ano passado.
O resultado foi impactado por despesas não recorrentes de R$ 51,9 milhões ligadas à aquisição da Sierentz Agro Brasil, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (7).
A receita líquida somou R$ 2,09 bilhões entre julho e setembro, crescimento de 27,9% na comparação anual. O avanço reflete o maior volume faturado de soja e milho, com recordes de volume e receita.
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A Sierentz, incorporada pela SLC Agrícola a partir de julho, contribuiu para o aumento das vendas. No trimestre, foram comercializadas 16,2 mil toneladas de soja, 182,7 mil toneladas de milho e 5,2 mil cabeças de gado provenientes da nova operação.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 531,4 milhões, alta de 14,7% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
A margem Ebitda ajustada, no entanto, recuou 2,9 pontos percentuais, para 25,5%. Segundo a SLC, o resultado foi impulsionado pelo desempenho do milho, que atingiu produtividade recorde de 8.243 quilos por hectare na safra 2024/25.
Soja e algodão mostram desempenho misto
A produtividade da soja alcançou 3.964 kg/ha, alta de 21,4% frente à safra anterior, prejudicada pela seca. O resultado ajudou a reduzir o custo unitário do grão em 27,4%.
Já o algodão teve produtividade média de 1.986 kg/ha, abaixo do esperado, por causa das condições climáticas na Bahia, onde a empresa concentra 41% da área plantada da fibra.
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Desempenho da SLC Agrícola em 2025
De janeiro a setembro, a SLC Agrícola acumulou receita líquida de R$ 6,28 bilhões, aumento de 27,1% na comparação anual. O Ebitda ajustado somou R$ 2,03 bilhões, avanço de 42,5%, com margem de 32,3%.
O lucro líquido acumulado foi de R$ 636 milhões, crescimento de 19,3% sobre os nove primeiros meses de 2024.
Em contrapartida, a dívida líquida ajustada chegou a R$ 6,18 bilhões em setembro, aumento de R$ 2,5 bilhões em relação a dezembro de 2024. A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado) subiu de 1,80 vez para 2,34 vezes.
Segundo a empresa, o aumento se deve principalmente a custos de safra, pagamento de dividendos e investimentos estratégicos.









