Em coletiva, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto admitiu que falar em meta para a inflação em 2022 faz “pouco sentido”, dada as incertezas e volatilidades.
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Apesar disso, no próximo ano e em 2024, Campos Neto já enxerga o cumprimento da meta, mesmo com “choques recentes”.
“Temos instrumentos para cumprir a meta, mas não cabe a nós projetarmos a meta, porque somos apenas um voto no Conselho Monetário Nacional”, diz.
Sobre o Copom, a equipe do BC admitiu que, na próxima reunião, o horizonte relevante será integralmente 2023.
Sobre a curva de juros, Campos Neto acredita que o Brasil, em termos absolutos e comparativos com países emergentes, é o país que mais tem feito para não ficar atrás da curva.
“Olhamos diversos cenários e entendemos que houve um choque adicional. O mais apropriado era darmos esse ajuste na Selic de 100 bps mais 100 bps na próxima reunião do Copom”, afirma. “Se o cenário se agravasse poderíamos repensar o cenário, fazendo um movimento adicional em junho. Não é provável, mas estamos em cenário volátil e devemos considerar todas as possibilidades”, completa.
Pedro de Carvalho / Agência CMA
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