O bitcoin (BTC) inverteu os sinais nesta terça-feira (11), em forte queda, acompanhando o aumento da aversão global ao risco do mercado cripto em meio à piora nas relações comerciais entre Estados Unidos e China.
O movimento também refletiu o clima de incerteza sobre a reabertura do governo americano após as negociações em torno do shutdown e a pressão sobre ações de tecnologia em Nova York.
Por volta das 17h10 (horário de Brasília), o bitcoin caía 2,70%, cotado a US$ 102.978,20, enquanto o ethereum recuava 3,71%, a US$ 3.443,40, segundo dados da Coinbase.
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Tensões comerciais reacendem cautela no mercado cripto
De acordo com o Tickmill Group, o sentimento no mercado de criptoativos piorou após reportagem do Wall Street Journal revelar que a China planeja restringir o acesso de militares norte-americanos a ímãs de terras raras, insumo estratégico usado em tecnologia e defesa.
“Essa decisão reacendeu os temores de uma escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias, apesar do progresso para resolver a paralisação do governo em Washington”, afirmou o Patrick Munnelly, analista da corretora, segundo informações do Broadcast.
O cenário levou investidores a reduzir exposição em ativos de maior volatilidade, como as criptomoedas.
Desdobramentos do shutdown no radar
O movimento ocorre após o bitcoin atingir, durante a madrugada, o maior patamar em uma semana, impulsionado pela expectativa de fim do shutdown.
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Ontem (10), o Senado dos EUA aprovou um projeto orçamentário que pode encerrar o impasse, que gerou um “apagão” temporário nos dados econômicos do país. O texto segue agora para votação na Câmara.
“Assim que a paralisação for resolvida, os mercados voltarão a se concentrar na liquidez”, afirmou Greg Magadini, diretor de derivativos da Amberdata. Segundo ele, “a liquidez abundante continua a sustentar o bitcoin como uma alternativa às moedas fiduciárias e ao ouro como proteção contra desvalorização”.









