As vendas do comércio brasileiro cresceram 0,4% em outubro, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS) divulgado na manhã desta quinta-feira (13). Na comparação com o mesmo mês de 2024, porém, houve queda de 1,5%, indicando que o consumo ainda avança lentamente.
De acordo com o economista Guilherme Freitas, da Stone, o setor mostra resiliência, mas enfrenta entraves como endividamento elevado das famílias, comprometimento da renda e inflação persistente.
“O varejo segue operando em ritmo moderado. O consumo é sustentado pelo mercado de trabalho aquecido, mas ainda abaixo do patamar observado em 2024”, afirmou.
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Setores de vestuário e artigos pessoais lideram alta do varejo
Cinco dos oito segmentos analisados tiveram crescimento no mês. Tecidos, Vestuário e Calçados foi o destaque, com alta de 1,2%, seguido por Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,1%), Livros e Papelaria (0,5%), Artigos Farmacêuticos (0,2%) e Hiper e Supermercados (0,1%).
Entre os setores com retração, Combustíveis e Lubrificantes caíram 2,3%, Móveis e Eletrodomésticos recuaram 0,5%, e Materiais de Construção, 0,4%.
Na comparação anual, apenas Livros e Papelaria (0,9%) e Artigos Farmacêuticos (0,5%) registraram avanço. Todos os demais recuaram, com destaque para Móveis e Eletrodomésticos (-2,5%) e Combustíveis e Lubrificantes (-2,2%).
Norte e Nordeste têm melhor desempenho
O levantamento mostra que seis estados registraram alta nas vendas em outubro na comparação anual. Os maiores crescimentos foram no:
- Amapá: 4,2%
- Espírito Santo: 2,7%
- Sergipe: 0,3%
- Ceará: 0,2%
- Goiás: 0,1%
- Mato Grosso: 0,1%
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Os piores resultados vieram de Rondônia (-8,6%), Rio Grande do Sul (-4,7%) e Santa Catarina (-3,6%). Segundo Freitas, Norte e Nordeste puxaram os resultados positivos, enquanto Sul e Sudeste voltaram a mostrar retração.
“O consumo permanece desigual entre as regiões do país, com o Norte e o Nordeste mostrando sinais de recuperação, enquanto o Sul e parte do Sudeste ainda enfrentam quedas consistentes”, avaliou o economista.









