O dólar fechou esta quarta-feira (12) em alta de 0,38%, a R$ 5,29. O movimento interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas, período em que a moeda havia acumulado desvalorização de 2,33%.
Segundo operadores, a alta refletiu ajustes nos mercados domésticos e provável saída de capital estrangeiro da Bolsa brasileira, após o petróleo cair cerca de 4%. Também houve desmonte de posições que favoreciam o real, em um movimento de realização de lucros.
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Dólar tem comportamento distinto no exterior
Mesmo com a alta no Brasil, o cenário internacional seguiu com sinal de enfraquecimento da moeda americana frente a outras divisas, especialmente de países latino-americanos. O índice DXY — que mede o dólar ante uma cesta de seis moedas fortes — registrava leve avanço, para 99,5 pontos, no fim do dia. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
Investidores globais acompanharam discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e aguardavam a votação, na Câmara dos Representantes dos EUA, de um projeto para evitar o shutdown, ou paralisação parcial do governo americano.
As atenções também seguem voltadas à política monetária do Federal Reserve. À tarde, Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, defendeu manter os juros altos até que a inflação mostre sinais consistentes de convergência para a meta de 2%. Já Stephen Miran, diretor indicado por Donald Trump, avaliou que a política atual está “muito restritiva”.
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Juros no Brasil e postura do Banco Central
Em evento nesta quarta-feira, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que não houve mudança na comunicação da instituição. “Se você entendeu algum sinal sobre o futuro, entendeu errado”, declarou, durante coletiva em São Paulo sobre o Relatório de Estabilidade Financeira.
Analistas ouvidos pela Broadcast apontam que a manutenção da Selic em 15% até o início de 2026 deve ajudar a conter eventuais pressões sobre o real causadas pelo aumento de remessas de lucros no fim do ano.









