O Ibovespa encerrou a última semana próximo dos 157 mil pontos, acumulando alta de 31% no ano e agora mira novos recordes, mesmo com a resistência deste início de semana, com o principal índice da Bolsa brasileira recuando 0,41%.
Na manhã desta segunda-feira (17), o Ibovespa abriu em leve alta de 0,07%, após o Boletim Focus trazer a primeira projeção de inflação abaixo do teto da meta desde dezembro do ano passado, reforçando as expectativas do mercado para a trajetória da taxa Selic.
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No novo episódio do podcast Perspectivas da Semana, Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, destacou que o atual ciclo de juros, hoje na faixa de 15%, reduz as projeções de inflação e influencia a reprecificação dos ativos na Bolsa brasileira. Confira a análise na íntegra abaixo:
Inflação menor e efeito sobre a Bolsa
Com as expectativas de inflação recuando, os investidores têm aumentado a exposição a renda variável. Segundo Ricciardi, o Ibovespa saiu de um patamar de cerca de 118 mil pontos no fim de 2024 para o nível atual, com pequenas correções ao longo do caminho.
O S&P 500 encerrou a semana praticamente estável, enquanto o IFIX renovou máximas, subindo 0,56% para 3.617 pontos. As taxas de juros futuros para 2035 (DI35) caíram 1,03%, favorecendo a valorização dos títulos de renda fixa pela marcação a mercado — mecanismo que ajusta diariamente o preço desses papéis.
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Expectativas para a taxa de juros
De acordo com Ricciardi, o mercado revisou para baixo a projeção da taxa básica brasileira para 2026, de 12,65% para cerca de 12,15%. A melhora nas estimativas ocorre com a queda das expectativas de inflação.
Nos Estados Unidos, a probabilidade de manutenção dos juros na próxima reunião do Federal Reserve aumentou. Na semana anterior, a chance de corte era de 66%, mas agora a maioria dos investidores projeta estabilidade.
O cenário adia a expectativa de que os juros americanos cheguem ao intervalo entre 3% e 3,25%, estimativa que vinha sendo precificada há semanas.
Agenda econômica da semana
A semana começou com a divulgação do IBC-Br, indicador que mede a atividade econômica brasileira. Na quarta-feira (19), saem o CPI da zona do euro, a ata do FOMC — com sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed) — e a taxa básica de juros da China.
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Na quinta-feira (20), o mercado brasileiro estará fechado devido ao feriado da Consciência Negra. Mas nos Estados Unidos, o mercado conhecerá os números do payroll de setembro, atrasado em virtude do shutdown (paralisação do governo norte-americano).
Também estão previstas entrevistas de dirigentes do Banco Central Europeu e a divulgação dos PMIs globais.









