A B3 (Bolsa do Brasil), a Cerc e a Núclea serão as primeiras registradoras a integrar o hub de duplicata eletrônica — títulos usados por empresas para antecipar recebíveis e vendas a prazo — da Associação Brasileira de Bancos (ABBC).
O sistema está em fase de testes e tem como objetivo digitalizar e centralizar informações sobre duplicatas escriturais, documento que pode ser usado como garantia para operações de crédito, especialmente no mercado de antecipação de recebíveis.
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Segundo a ABBC, a nova plataforma pretende reunir em um único ambiente e funcionará como um canal único de comunicação entre instituições financeiras e escrituradoras, com operação isonômica e padronizada.
Entre as funcionalidades da primeira versão estão:
- input de duplicatas;
- cadastro e consulta de sacador e sacado (quem emite e quem paga);
- escrituração;
- registro de contratos;
- gestão de opt-ins e opt-outs, que representam autorizações e revogações de consentimento no ecossistema.
Testes com duplicata eletrônica seguem até 2025
A duplicata eletrônica está em testes com as sete registradoras envolvidas. A expectativa é que essa fase siga até o primeiro trimestre de 2025, quando começa a produção assistida.
Nessa etapa, um grupo seleto de empresas participará controladamente, sob supervisão de uma companhia independente responsável por garantir o cumprimento dos requisitos regulatórios.
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Mercado movimenta R$ 11 trilhões em ativos potenciais
De acordo com estimativas da ABBC, o mercado de duplicatas movimenta cerca de R$ 11 trilhões em ativos potenciais por ano, grande parte ligada ao crédito de curto prazo. A entidade projeta que o modelo escritural pode elevar o volume efetivo da carteira para R$ 1 trilhão.
Para o CEO da ABBC, Leandro Vilain, a duplicata escritural fortalece a formalização do crédito e amplia o acesso a financiamento para empresas de diferentes portes. Ele afirma que o novo hub cria uma infraestrutura capaz de sustentar o crescimento desse mercado.









