O dólar fechou esta segunda-feira (24) em queda de 0,12%, a R$ 5,39. Operadores afirmam que o pregão foi marcado por acomodações técnicas, depois da forte alta de sexta-feira (21). Questões domésticas, como a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, tiveram impacto limitado.
O foco do mercado segue sobre a política monetária dos Estados Unidos. Investidores ampliaram as apostas em um possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro, após declarações mais brandas de dirigentes do banco central norte-americano nos últimos dias.
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Apesar da queda, o dólar ainda acumula alta de 0,27% em novembro. Em outubro, havia subido 1,08%. No ano, porém, a moeda registra queda de 12,71%.
Dados suspensos pelo shutdown
Os investidores aguardam indicadores norte-americanos que ficaram suspensos durante o shutdown de 43 dias nos EUA. Nesta terça-feira (25) serão divulgados o Índice de Preços ao Produtor (PPI) e as vendas no varejo de setembro.
Pela manhã, Christopher Waller, diretor do Fed, defendeu um corte de juros em dezembro e citou preocupações com o mercado de trabalho. Waller também comentou a reunião com Scott Bessent, secretário do Tesouro responsável pela sabatina dos indicados à presidência do Fed.
Dólar opera próximo da estabilidade no exterior
No exterior, o índice DXY — que compara o dólar a uma cesta de seis moedas fortes — operou próximo da estabilidade, mantendo-se acima dos 100.000 pontos. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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O iene recuou cerca de 0,20%, devolvendo parte da alta registrada na sexta-feira, quando autoridades japonesas sinalizaram possível intervenção no câmbio. Investidores continuam avaliando os impactos do pacote fiscal anunciado pela primeira-ministra Sanae Takaichi, que pode influenciar inflação e atividade no país.
Uma eventual valorização mais forte do iene poderia levar ao desmonte de operações de carry trade, estratégia em que investidores tomam recursos em moedas de juros baixos (como o iene) para aplicar em ativos de renda fixa de países com juros mais elevados, como os latino-americanos.
Atuação do Banco Central
Pela manhã, o Banco Central vendeu US$ 2 bilhões em leilão de linha — operação que prevê venda de dólares com compromisso de recompra. A ação rolou vencimentos previstos para 5 de janeiro de 2026. A expectativa é que o BC mantenha a oferta de linhas e rolagens para garantir liquidez no câmbio até o fim do ano.









