O mercado de commodities agrícolas registrou oscilações nesta terça-feira (25), com destaque para a recuperação da soja, do milho e do café. Investidores monitoraram o avanço das exportações brasileiras e o comportamento das cotações no mercado internacional.
A soja para janeiro, contrato mais líquido, encerrou o dia em US$ 11,24 por bushel, após recuperação ao longo da sessão. O movimento ocorre em meio a altas nas exportações, que cresceram 78,9% em novembro na comparação anual.
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De acordo com dados oficiais, o Brasil exportou 3,36 milhões de toneladas até agora em novembro, acima das 2,5 milhões registradas no mesmo mês de 2024. O aumento, segundo Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, reflete duas dinâmicas:
- safra maior, ampliando a oferta.
- atraso parcial na colheita, que manteve o fluxo de embarques elevado no fim do ano.
Confira a análise completa:
Milho mantém preços firmes com demanda externa
O milho apresentou estabilidade no contrato dezembro, mas o vencimento março — o mais líquido — mostrou força e voltou a subir. As exportações avançaram 13,1% na média diária, somando 3,93 milhões de toneladas em novembro. A importação caiu 26,7%, reduzindo a oferta interna.
A combinação de demanda aquecida nos portos e menor entrada de milho importado tende a manter o grão valorizado no mercado doméstico.
Café se recupera após queda ligada às tarifas dos EUA
O café robusta subiu 2,20%, alcançando US$ 4.551 por tonelada. O arábica avançou 1,87%, com o contrato março cotado a US$ 381,80. O movimento representa a reversão das quedas registradas após a retirada de tarifas dos EUA sobre o café brasileiro, que havia pressionado os preços.
Apesar do avanço, as exportações do setor seguem fracas: a média diária caiu 23,4% em relação ao ano anterior. A menor disponibilidade e o cenário de oferta mais ajustada continuam no radar dos investidores.
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Carne bovina registra recorde de exportações
As exportações de carne bovina subiram 41,7% na comparação anual e devem encerrar o ano no maior volume da história. Em novembro de 2024, o Brasil embarcou 228 mil toneladas; neste ano, o número já alcança 238 mil toneladas.
O crescimento da demanda internacional aumenta a receita do setor e tende a influenciar positivamente as empresas exportadoras listadas na B3.









