O dólar fechou esta terça-feira (25) em queda de 0,34%, a R$ 5,37. O movimento refletiu a desvalorização da moeda americana no exterior, em meio ao aumento das apostas de que o Federal Reserve (Fed) poderá reduzir os juros em dezembro.
A expectativa de juros mais baixos nos EUA reduz a atratividade dos títulos americanos. Isso tende a enfraquecer o dólar e a sustentar moedas emergentes.
Os investidores reagiram à divulgação de indicadores de inflação e atividade econômica que estavam suspensos durante a paralisação (shutdown). O Índice de Preços ao Produtor (PPI) de setembro veio em linha com as projeções. Já as vendas no varejo subiram 0,2%, abaixo das estimativas de 0,3%.
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Apesar do ambiente externo favorável, o real registrou desempenho mais modesto que moedas como os pesos mexicano e chileno. Operadores apontam que a cautela fiscal limita o avanço da moeda brasileira.
O foco está no Senado, que analisa o projeto de lei sobre aposentadoria especial dos agentes comunitários de saúde — chamado de “pauta-bomba” por gerar impacto fiscal elevado.
Dólar cai no exterior
O índice DXY — que mede o comportamento do dólar contra seis moedas fortes — recuou para a faixa dos 99,7 pontos. O indicador chegou à mínima de 99,654 no fim da tarde. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
Possíveis mudanças no comando do Fed
Declarações de dirigentes também influenciaram o mercado. O diretor do Fed Stephen Miran afirmou que a conjuntura “pede cortes de juros”.
Além disso, reportagem da Bloomberg informou que Kevin Hassett, do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, é visto como possível substituto de Jerome Powell na presidência do Federal Reserve (Fed).
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Contas externas do Brasil: déficit e forte IDP
No cenário doméstico, as contas externas mostraram déficit de US$ 5,1 bilhões em outubro. O dado ficou acima das estimativas (US$ 4,4 bilhões), mas foi o menor déficit para o mês desde 2022.
O destaque foi o Investimento Direto no País (IDP), que somou US$ 10,9 bilhões, acima das projeções e suficiente para cobrir o déficit em transações correntes no período de 12 meses — algo que não ocorria desde janeiro.









