No ano de 2020, quem investiu em poupança pode até ter a impressão de que ganhou algum dinheiro, quando, na realidade, perdeu o equivalente a 2,3% do seu dinheiro.
Isso porque o rendimento da caderneta é menor do que o da inflação. Além disso, a valorização da poupança é menor do que de outros produtos do mercado com risco semelhante. Portanto, seu poder de compra diminuiu. Mesmo com a isenção de IR, a verdade é que ao escolher a poupança, você está perdendo dinheiro.
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Devido ao patamar da taxa Selic, entre 9,25% e 10,75% ao ano, a poupança não vai acompanhar a escalada da taxa básica de juros. O retorno da caderneta seguirá travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial). É o que diz a lei.
Desde 2017 a TR era nula, mas ano passado ela saiu do zero e e passou a ser atualizada diariamente pelo Banco Central. Ainda assim, a poupança perde para o CDI, índice de referência da renda fixa, e não é recomendação de investimento para quem quer ver sua reserva financeira crescer.
No site do Banco Central, é possível comparar a correção de valores segundo diferentes parâmetros como a Selic, poupança, CDI e o IPC-Brasil, medido pela FGV. É uma ótima forma de entender como a poupança paga menos que outros investimentos tão seguros quanto.
Considerando que no primeiro dia de janeiro de 2020 colocamos R$ 1 para “render” em um fundo que rende exatamente a variação do IPC-Brasil e que o resgatamos na mesma data de 2022, teríamos ganhado R$ 0,16. Nas mesmas condições, o valor corrigido pela poupança nos daria um rendimento pratciamente R$ 0,05. Repetindo a operação, mas usando um investimento básico, que renda apenas 100% do CDI, teríamos um ganho de R$ 0,07.
Entre janeiro de 2020 e 2022, a inflação corroeu 15% do valor do dinheiro. No mesmo período, a poupança só conseguiu repor 5% dessa perda, enquanto um investimento em CDI seria capaz de repor até 7%. Isso é 40% a mais de rendimento, em um investimento simples.
A poupança é uma velha conhecida de todo brasileiro, mas existem opções de investimentos mais rentáveis, eficientes e tão seguras quanto a caderneta.
Conheça outras opções de investimento
Os investimentos em títulos de Tesouro Direto podem ser uma opção. Além de apresentarem uma rentabilidade maior, eles apresentam uma maior variedade de opções de aplicação, que podem se adequar melhor aos diferentes tipos de investidores.
Esses títulos são utilizados para financiar projetos públicos na área da saúde, educação ou infraestrutura, sendo uma maneira de contribuir para o crescimento da nação escolhida. Outra vantagem é o fato de que não é necessário muito dinheiro para começar a investir nos títulos de Tesouro Direto. Com apenas R$ 30 já é possível investir.
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Os títulos de Tesouro Direto são uma ótima opção para diversificar seus investimentos e seu portfólio. Nessa aplicação, existem os títulos prefixados, pós-fixados indexados à inflação e pós-fixados indexados à taxa Selic, enquanto a poupança tem apenas a opção de rendimento abaixo da inflação.
Há ainda os CDBs, que são empréstimos para bancos. Esse tipo de aplicação costuma pagar pelo menos 100% do CDI e possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para aplicações até R$ 250 mil. Ou seja: se o banco, por algum motivo, não honrar suas dívidas, esse fundo entra e paga o valor devido a todos os seus investidores.









