O golpe do falso concurso público consolidou-se como uma armadilha perigosa em 2025. Criminosos agora exploram a sede por estabilidade financeira para enganar milhares de candidatos através de sites espelhados e editais fictícios. O objetivo central é roubar dados pessoais e arrecadar taxas de inscrição que nunca serão homologadas por órgãos reais.
Como os criminosos atraem os candidatos?
A estratégia criminosa inicia, geralmente, com anúncios patrocinados em redes sociais e grupos de mensagens. Essas publicidades prometem salários elevados e benefícios generosos, além de sugerirem uma “facilidade” suspeita para passar na prova. Dessa forma, os golpistas unem a ideia de uma oportunidade imperdível a um prazo de inscrição curtíssimo, o que força a vítima a agir por impulso.
Assim que o candidato clica no link, o navegador o direciona para uma página que copia cada detalhe das bancas organizadoras famosas. Além disso, após o preenchimento de um formulário detalhado, o sistema gera um boleto ou QR Code de PIX. Contudo, logo após o pagamento, os bandidos retiram o site do ar, deixando o candidato sem qualquer confirmação.
| Elemento de Alerta | Site Oficial | Site Falso (Golpe) |
| Domínio (URL) | Termina em .gov.br ou site da banca. | Termina em .com, .net ou URLs estranhas. |
| Pagamento | Boleto com beneficiário institucional. | PIX para CPF ou nome de pessoa física. |
| Edital | Publicado no Diário Oficial. | Disponível apenas via link de mensagem. |

Onde os dados pessoais são explorados?
O prejuízo financeiro da taxa representa apenas a “ponta do iceberg”, visto que o formulário falso coleta CPF, RG e endereço. Posteriormente, os criminosos vendem essas informações na dark web ou as utilizam para abrir contas bancárias “laranjas”. Por consequência, a vítima torna-se alvo de novas fraudes financeiras meses após a falsa inscrição.
Para evitar esses danos, siga estes passos fundamentais:
- Consulte o Diário Oficial: Verifique sempre a publicação legal do edital, pois nenhum concurso existe sem esse registro.
- Acesse a Banca Diretamente: Digite o endereço da empresa (FGV, Cebraspe, etc.) no navegador, evitando links de anúncios.
- Confira o Beneficiário: Antes de confirmar o PIX, certifique-se de que o nome do recebedor é o CNPJ da instituição.
Qual o papel da segurança digital na proteção?
Além dos sites falsos, os golpistas enviam e-mails de “convocação” com arquivos PDF infectados. Ao abrir o anexo, o usuário instala um vírus (trojan) que captura senhas bancárias em tempo real. Portanto, evite baixar arquivos de fontes externas e utilize sempre os portais de transparência oficiais.
Da mesma forma, o uso de antivírus atualizados e a autenticação em dois fatores bloqueiam a maioria dos acessos maliciosos. Adicionalmente, se alguém prometer “vaga garantida” mediante pagamento extra, denuncie o caso imediatamente à Polícia Civil, pois concursos reais jamais vendem aprovações.

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Como agir se você foi vítima do golpe?
Caso você tenha realizado o pagamento ou fornecido seus dados, aja com rapidez para mitigar os danos:
- Boletim de Ocorrência: Registre o fato na delegacia virtual de crimes cibernéticos do seu estado.
- Alertas de Fraude: Informe órgãos como Serasa e Boa Vista para que monitorem consultas ao seu CPF.
- Contestação Bancária: Acione seu banco imediatamente e solicite o Mecanismo Especial de Devolução (MED) se pagou via PIX.
A vigilância constante permanece como a única barreira eficaz contra essas fraudes. Afinal, se a oferta parece boa demais para ser verdade, provavelmente é um golpe.







