O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o penúltimo pregão de 2025 em leve queda de 0,25%, interrompendo uma sequência de duas sessões positivas.
No entanto, o índice se manteve acima dos 160 mil pontos (160.490,30) pelo terceiro pregão consecutivo. Ao longo do dia, oscilou entre a mínima de 159.701,72 pontos e a máxima de 161.133,33 pontos.
O volume financeiro foi reduzido, típico do fim de ano, somando R$ 16,3 bilhões nesta penúltima sessão de 2025. No acumulado do ano, o Ibovespa sobe 33,43%, caminhando para o melhor desempenho desde 2016. Em dezembro, o índice sobe 0,89%.
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Petrobras sobe, mas Vale pressiona o Ibovespa
A queda do Ibovespa foi puxada principalmente pela Vale (VALE3), ação de maior peso individual no índice. Os papéis da mineradora recuaram 1,37%, mesmo com a valorização do minério de ferro no mercado internacional.
Segundo operadores, o movimento refletiu uma realização de lucros após forte desempenho recente. A Vale acumula alta superior a 12% em dezembro e avanço próximo de 50% em 2025.
“O Ibovespa teve menor liquidez, como esperado para o fim de ano, e foi puxado hoje para baixo pela correção em Vale, que vem de um trimestre muito positivo”, afirmou Guilherme Falcão, sócio da One Investimentos.
Por outro lado, as ações da Petrobras avançaram, acompanhando a alta do petróleo no mercado internacional. A estatal subiu 0,65% nas ações ordinárias (PETR3) e 1,05% nas preferenciais (PETR4).
O petróleo foi impulsionado por tensões geopolíticas envolvendo Estados Unidos, Venezuela, Rússia e Ucrânia, com ganhos próximos de 2% nas bolsas de Londres e Nova York. Ainda assim, a alta da Petrobras não foi suficiente para neutralizar o peso negativo da Vale.
Bancos recuam e ampliam pressão
O setor financeiro, que tem grande participação no Ibovespa, também operou majoritariamente em queda. As ações do Santander Units lideraram as perdas entre os bancos, com recuo de 2,68%. A exceção foi o Bradesco PN, que avançou 0,49% no fechamento.
Na ponta positiva do índice, Brava subiu 5,01%, seguida por Pão de Açúcar (+2,50%) e CVC (+1,93%). Entre as maiores quedas estiveram Cogna (-3,12%), CSN (-2,51%) e Santander.
Projeções e cenário macro para 2026
Em relatório, o Inter avaliou que a precificação atual do Ibovespa embute uma expectativa de crescimento de lucros de cerca de 3% em 2026, segundo consenso da FactSet. O banco estima um valor justo de 182 mil pontos para o índice, considerando crescimento maior do lucro por ação.
No campo macroeconômico, o Boletim Focus mostrou nova redução nas projeções de inflação. A mediana do IPCA de 2025 caiu de 4,33% para 4,32%, a sétima queda consecutiva. Para 2026, a projeção recuou de 4,06% para 4,05%.
Outro destaque foi o IGP-M, que registrou queda de 0,01% em dezembro, segundo a FGV. Com isso, o índice encerrou 2025 com recuo acumulado de 1,05%.
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