Os investidores com menos de 40 anos já são maioria na Bolsa de Valores brasileira. De 2016 até hoje, a idade média do investidor brasileiro diminuiu 11 anos e, agora, está em 37,9 anos.
Dos 5 milhões de correntistas da B3, cerca de 62% têm menos de 40 anos. Os investidores com até 24 anos de idade, que há cinco anos representavam menos 1% do total, já são 12%, segundo os dados da B3 divulgados pelo jornal Estado de São Paulo.
A busca por estabilidade financeira e a preocupação com o futuro, principalmente com a aposentadoria, são motivos que trouxeram esse perfil para dentro da bolsa.
Outro fator que aproximou esse perfil de investidor da bolsa foi o avanço do processo de digitalização de parte das negociações, o que ampliou o acesso às informações e operações do mercado financeiro, tornando a compra e venda de papéis mais atrativa para a geração dos considerados “nativos digitais”. Hoje é possível encontrar facilmente um grande número de produtores de conteúdo cobrindo o tema na internet.
O responsável pelo relacionamento com clientes e pessoas físicas da B3, Felipe Paiva, afirma que a bolsa brasileira está atenta a este fato, quer que os jovens invistam com cautela e não se iludam com promessas de ganhos rápidos. Para ele, é importante “mostrar que esse investimento é de longo prazo e não é uma corrida de 100 metros”, conforme afirmou ao Estado de S. Paulo.
Para o novo perfil de investidor da bolsa brasileira, que tem uma renda menor, as perdas que fazem parte da natureza do mercado financeiro podem fazer falta, segundo Reinaldo Domingos, o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). Ele ainda faz um alerta para a necessidade de diversificação de carteira, saber separar os recursos que podem ser investidos e não farão falta no curto, médio e longo prazo.









