Os cortes no orçamento de 2022 drenaram as fontes de financiamento do Ministério da Economia e suas autarquias. De acordo com o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, a retirada de verbas da CVM, responsável por fiscalizar o mercado financeiro nacional, coloca a credibilidade do mercado de capitais em risco.
“Uma regulação de qualidade dos mercados de capitais e seguros é um bem público de grande importância. Um olhar leigo pode não perceber que se trata de proteger os investidores, sobretudo os menores, e da poupança, do investimento e da produtividade da nação”, disse Armínio em entrevista ao Valor Econômico.
A CVM teria que trazer segurança aos seus investidores e seus investimentos, mas com o número de pessoas aumentando exponencialmente, tendo chegado a marca história de 4 milhões, o órgão teoricamente necessitaria de mais pessoas e capital para garantir a regulação.
Entretanto, além ter cortado mais da metade do seu orçamento, a CVM está há mais de 10 anos sem concursos públicos para seus quadros.
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