A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) voltou atrás nas suas perspectivas de produção de milho, reduzindo em mais de 4 milhões de toneladas a expectativa da safra. Como principal componente da ração do gado, frigoríficos devem encontrar dificuldade e altos preços na compra do grão.
As secas no Sul do Brasil foram as responsáveis pela baixa “Atenta-se para as condições climáticas desfavoráveis no Sul do país, que impactarão na produção de milho primeira safra, que está estimada em 24,8 milhões de toneladas”, diz comunicado da Conab.
O vice-presidente da Aurora, Marcos Antonio Zordan, afirmou em entrevista à Reuters: “Não acredito que [milho] vá faltar, mas será um produto caro, sem dúvida… Entramos em 2022 com custo mais elevado do que se esperava, sem dúvida”.
Zordan também afirmou que buscar safras no Centro-Oeste e no mercado internacional pode ser uma solução.
Entretanto, no Mercosul, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, também diminuiu as projeções da safra argentina em 500 mil toneladas.
A safra mundial, portanto, de acordo com as projeções do Conselho Internacional de Grãos, fica prejudicada em 5 milhões de toneladas, totalizando 1,207 bilhão de toneladas.
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