Os fiscais federais agropecuários iniciaram, a partir do final do ano passado, a operação “padrão” como sinalização de insatisfação com o orçamento proposto para os servidores públicos pelo governo federal. A ação foi deliberada em assembleia nacional dos auditores-fiscais e deve impactar exportações e importações de produtos agrícolas do Brasil.
Já é possível enxergar as consequências da greve dos servidores públicos no porto de Santos, onde o fluxo de desembarque de trigo está prejudicada segundo a associação do setor Abitrigo ouvida pela agência de notícia Reuters, e na alfândega da Receita Federal em Pacaraima, município de Roraima que faz fronteira com a Venezuela.
A movimentação é fruto da crítica ao orçamento aprovado, pelo Congresso Nacional, para a manutenção das atividades exercidas pelos funcionários da Receita Federal que impossibilita a regulamentação do bônus de eficiência dos auditores-fiscais.
“Mesmo em operação padrão, não paramos um minuto, mas a situação é complicada”, relatou Paulo Ricardo Guimarães, auditor fiscal federal e chefe de vigilância agropecuária na cidade de Dionísio Cerqueira, em entrevista ao jornal Valor Econômico. “Agora não tem como voltar atrás, vamos até o impossível para buscar nossos direitos”, completou o auditor.