A inteligência artificial se tornou a chance da Huawei retornar ao mercado. A empresa chinesa foi alvo de ataques entre 2018 a 2021, por parte do ex-presidente estadunidense Donald Trump e também pela gestão de Joe Biden. A companhia foi acusada de ser uma ‘ameaça’ à segurança dos Estados Unidos, além de ter sido proibida de negociar com empresas americanas.
O boicote à companhia fez com que ela ficasse sem poder fornecer serviços Google aos novos celulares lançados. Agora, a Huawei tenta contornar o prejuízo investindo no seu modelo de linguagem artificial: Pangu 3.0.
Desde julho, quando foi anunciada, a IA tem marcado presença em diversos setores, tais como finanças, manufatura, assuntos governamentais, energia, mineração de carvão, saúde e ferrovias.
O chamado de ‘Pangu-Weather’ é, segundo a companhia, o primeiro modelo meteorológico através do uso de inteligência artificial. O CEO da Huawei Cloud, Zhang Pingan, anunciou que o Pangu Model 3.0 é composto por uma arquitetura de três camadas: o modelo básico de linguagem L0, o modelo específico para a indústria L1 e o modelo específico para cenários L2.
A tecnologia superaria em precisão os métodos tradicionais numéricos de previsão do tempo, possibilitando uma aceleração de 10.000 vezes na velocidade das previsões, encurtando o período de previsão global do tempo para apenas alguns segundos.
O Pangu-Weather está competindo globalmente com outro influente modelo de alcance tropical, o HAFS (Hurricane Analysis and Forecast System) da NOAA. O HAFS tem como objetivo oferecer diretrizes confiáveis e habilidosas para prever a trajetória, intensidade e estrutura de ciclones tropicais, abrangendo também mudanças rápidas na intensidade, gênese e tamanho das tempestades.
Imagem: Wikimedia Commons