O dólar comercial fechou em R$ 5,6190, com queda de 1,29%. A moeda norte -americana perdeu força com o ambiente global de apetite ao risco, além do otimismo com a variante Ômicron, que aparenta ser menos letal que as anteriores.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “o movimento hoje é de maior apetite ao risco, com forte correção no preço das commodities, em especial o minério de ferro que subiu quase 9% na China”.
- Seja um investidor global e aproveite as oportunidades do mercado internacional. Baixe o e-book gratuito.
Serrano também vê uma atmosfera mais animadora quanto à nova cepa da Covid: “Existe otimismo em relação ao controle da Ômicron e isso também anima os mercados”, pontua.
Para a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, “existe um otimismo internacional com a Ômicron, que aparentemente causa menos problemas que o esperado”.
Quartaroli acredita que os ruídos fiscais dificultam a valorização do real: “Os mercados continuam esperando a definição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, isso acaba limitando a queda do dólar”, enfatiza.
De acordo com o analista da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, “os dados de importação e exportação na China foram acima do esperado, assim como o crescimento industrial da Alemanha (2,8% em outubro ante setembro)”. As exportações chinesas cresceram 22%, enquanto as importações aumentaram 31,7%, resultando em um superávit de US$ 71,72 bilhões – todos os dados referentes a novembro.
Cozzolino ressalta que a nova variante vem causando menos impacto: “O mercado está mais tranquilo com a Ômicron”. E pontua que nesta terça as questões fiscais domésticas, embora sejam um contraponto ao ambiente global positivo, não influem no câmbio.
O dólar fechou em forte queda nesta terça-feira, em um dia marcado pela recuperação dos ativos globais, com alívio em relação aos temores quanto à variante Ômnicron, após dados preliminares atestarem para sua baixa taxa de letalidade. Isso impactou positivamente os mercados, com as bolsas no mundo todo subindo, inclusive o Ibovespa, que engatou sua quarta alta seguida, de acordo com a análise de Rafael Becker, da Boreal
Paulo Holland / Agência CMA
Copyright 2021 – Grupo CMA
Imagem: Pixabay